quinta-feira, julho 21, 2005

Banco de dados comunitário, por Lucas A. P. Silva

O amigo Lucas A. P. Silva enviou o texto que vossa excelência lê aí embaixo. E vamos que vamos!

"Um dos maiores males que atinge nossos governantes é o desenvolvimento de projetos sem informações precisas. Não é hábito por aqui trabalhar com números claros da realidade e metas definidas. A nossa administração prefere ficar por aí disparando tiros ao acaso do que ter um alvo.

Por exemplo, não se sabe quantas pessoas realmente passam fome em Sabaráh, mas mesmo assim todos insistem em fazer campanhas de arrecadação de alimentos. Por isso são comuns casos de famílias que abandonaram o emprego e passaram a viver somente de doações de cestas básicas, já que eram ajudadas por mais de uma entidade

Isso ocorre não por culpa das entidades. Afinal, elas desconhecem quem realmente está sendo ajudado. Mas problemas como esse seriam facilmente resolvidos com a criação de um banco de dados comunitário, de acesso livre para ONGs, associações e principalmente a prefeitura.

E mais, este banco de dados poderia responder a algumas perguntas, como: quantos são os desempregados no município? Quantos são os analfabetos? Qual o índice de evasão escolar? Onde estas pessoas se encontram? Onde há alta taxa de violência? Por onde a saúde anda precária? ...?

E através de uma análise desse banco de dados comunitário e avaliações periódicas a prefeitura poderia sim executar projetos onde eles realmente são necessários. (por Lucas A. P. Silva)"

segunda-feira, julho 18, 2005

Mensalão, mesada e, ora, comissão

A vantagem de Sabará é essa sua eterna cara de que nada está acontecendo. Cara de paisagem, como alguns dizem. Mas a vista daqui já não é das melhores...

E, ora. Probidade e ética, hoje, não são mais a ausência do pecado com a coisa pública (opa!). Mas é o discurso do ilícito ainda não descoberto. Honesto não é mais o que não rouba, mas o ladrão que ainda não foi pego.

Sabará me dá essa sensação permanente de tapete que cobre mais que o chão. Aqui, há falta de escândalos ou... bom, um poeminha e fim de papo.

Enquanto Brasília
chafurda na lama,
aqui ainda se mama.

Na capital federal
merda no ventilador.

Na velha Villa,
beija mão do senhor.

E ai de quem
apontar o horror!

Guarda Municipal: salto alto? Mas já?

Menos de uma semana nas ruas. Nenhuma resposta às nossas perguntas. E a Guarda Municipal já é alvo de comentários como o do leitor abaixo:

"Olha, esse negócio de se omitir tem hora que não dá. Tudo bem que essas festas de aniversário da cidade acontecem no mundo todo, mas como estamos aqui temos que elogiar ou criticar aqui. Eu sabia que a guarda municipal não estaria preparada para atuar tão rápido, sabemos que o aprendizado foi pouco e em pouco tempo para que pessoas sem a menor noção de leis e deveres civis assumissem essa carga. Deu no que está dando. E isso já tinha sido cogitado neste blog. Eles colocaram uniformes e pronto. Estão acima de tudo. Já não bastava a civil e militar agora temos a municipal andando de salto alto e isso foi muito rápido. Tenho andado nas madrugadas e cadê eles? Gostaria de saber onde foi e por quem foram dadas as aulas para eles. Será que a pessoa que os chefia tem cursos nessa área? Ou mais uma vez estamos levando (pagando) gato por lebre?"

A leitora Thaty TJ também questionou:

"Só uma coisa eu não entendi ainda dessa guarda... e no site da prefeitura não tem resposta... Quando foi o concurso?"

Ah! São tantas as dúvidas... As perguntas sobre o assunto foram feitas aqui no blog no dia em que a guarda foi parar na rua (não entenda mal). Clica aqui para ver se concorda com elas!

sábado, julho 16, 2005

A informação é o melhor antídoto contra a corrupção

Quanto custa o festival?

Uma pergunta simples. Por isso, assim como eu, os leitores não estão entendendo onde está a dificuldade em respondê-la prontamente. Ela, a pergunta, está no ar desde as 11h27 do dia 14, quinta-feira, no post logo abaixo deste.

Aguardamos a resposta, que é algo que deveria ser explícito sem necessidade de questionamentos, haja vista que esse foi um tema cercado de controvérsias aqui na cidade nos últimos anos. Sem respostas, continuará a levantar suspeitas sobre a lisura no trato com o erário.

Enquanto aguardamos, lembro do ítem quatro das recomendações da Transparência Brasil para novos prefeitos:

"Publique a execução orçamentária - A informação é o melhor antídoto contra a corrupção. A prefeitura deve publicar o orçamento e sua execução na Internet, em paínéis situados em pontos de grande afluxo de pessoas e em outros veículos de comunicação. Combata a tendência dos funcionários de tratar informação oficial como se fosse de seu uso particular."

Essas e as outras recomendações são lições precisas contra a corrupção que ainda não foram sequer ouvidas em Sabará. Foram publicadas na íntegra aqui no Sabarando no dia 5 de junho, sem que ninguém desse a menor bola (inclusive a prefeitura, claro). Para ler esse texto essencial, Clica aqui!

quinta-feira, julho 14, 2005

Quanto custa o festival?

Segue abaixo o pedido de informações que acabo de enviar à prefeitura via e-mail ao setor de Comunicação e à Secretaria de Cultura:

"Caríssimos,

Procurei em vosso site informações sobre o custo do Festival de Inverno, mas não encontrei. Portanto, solicito que enviem-nos as seguintes informações, para divulgação em nosso blog:

1- Qual o custo total da prefeitura com o Festival (aluguéis diversos de som, palco, barracas, custeio da programação, etc., e as empresas envolvidas)?

2- Quais os shows, espetáculos e oficinas, e seus artistas/responsáveis contratados, e seus respectivos cachês?

3- De que maneira a parceria com o UNI-BH se deu no aspecto financeiro? Foi investida alguma quantia na cidade ou o apoio é apenas cultural, com a cessão de espetáculos, por exemplo?

(Os leitores do Sabarando estão cientes desta solicitação de informações)

Cordialmente,
Vitor Hugo Munaier, editor."

O lixo, o luxo: um a zero para o primeiro

O luxo, o lixo: um a zero para o segundo

Enquanto a sonhadora noiva é fotografada no belo cenário da igreja do Rosário, uma das entradas laterais do monumento tem entulho amontoado há séculos.

A foto foi tirada nesta semana, em pleno "festival" de inverno, quando a cidade está "lotada" de turistas, que certamente vão até esta igreja, a mais central.

Eita que quando a realidade enfia o dedo na cara dos discursos não há governo que resista...

O pulo do Saci

Então o Saci-Pererê entrou no Sabarando ontem e deixou a pernada aí embaixo:

"Ontem encontrei dois membros da Guarda Municipal e perguntei a eles como poderia acioná-los caso necessitasse. Pedi o número da central e fui informado que ela ainda não estava ativada que só daqui aproximadamente 3 meses é que vai entrar em operação. Eu, obviamente, não resisti. Perguntei a eles caso eu necessitasse da guarda eu deveria acioná-los no GRITO. A resposta foi afirmativa. Sendo assim, que tenhamos Cepacol à mão para que o nosso grito seja suficientemente alto para que possa ser ouvido. Valha-nos Deus!"

quarta-feira, julho 13, 2005

Nando Reis é o escolhido para show do dia 17

Ok. A prefeitura confirmou em seu site hoje. Nando Reis, 17 de julho (domingão), 22h, praça Melo Viana. Então tá marcado.

É engraçado como a escolha do artista para o show no aniversário da cidade continua carregada de simbolismo. Definir esse nome é como escolher a cara que o governo do momento quer mostrar ao povo. E nunca dá certo, porque sempre vai haver alguém preferindo o Latino ao Nando, a Xuxa ao Barão, o CPM ao 14 Bis, e por aí vai, e não vai. E, por outra: governo sempre tem cara de governo, uns mais verdes, outros mais amarelos. Mas sempre governo.

Não dou muita bola para isso.

O que sempre me intrigou foi o quanto pagamos de ingresso para que os grandes nomes dêem o ar de sua graça na pracinha. Num passado nem tão passado assim, o assunto sempre foi cercado de mistério e insinuações maldosas, como, hã, superfaturamento (opa!). Mas insinuações geralmente são maldosas mesmo. Deixemos disso, que os tempos agora são outros, não é mesmo?

O Nando, por exemplo. Quanto será que pagaremos pelo seu show, que é realmente imperdível e foi uma ótima escolha? Hã?

Beleza, já que nunca saberemos, saiba tudo sobre o Nando clicando aqui e agora!

A guarda municipal já está nas ruas

Hoje entrou em ação a Guarda Municipal de Sabará. E um leitor do Sabarando também:

"Hoje é o dia "D". A Guarda Municipal chega às ruas. Será que será de 8h às 20h apenas? Os vândalos da madrugada não precisam se preocupar."

Essa é de fato uma pergunta que precisa ser respondida. Afinal, durante as madrugadas é alto o índice de danos ao patrimônio (lembremos apenas de um incêndio).

Outras perguntas que também carecem de resposta: quais são de fato as atribuições da nova guarda? É essencial esse esclarecimento, para que a população entenda que não se trata de uma nova PM. E para que todos saibam quando recorrer a uma ou a outra.

E já que fazemos perguntas, há algum telefone direto para a Guarda Municipal? Quem é o principal responsável pela "corporação"? Quantos guardas são? Como foram escolhidos (que tipo de teste tiveram que enfrentar)? Qual a sua área de atuação?

O leitor que tiver as mesmas perguntas faça como eu. Vá até o site da prefeitura para ver se as respostas aparecem por lá.

A Guarda Municipal é de fato um aparato essencial para enfrentar os novos desafios da segurança pública de Sabará, que integra a região metropolitana de uma cidade violenta como Belo Horizonte. A iniciativa, que foi postergada pelo último prefeito, finalmente vira realidade.

Agora, é acompanhar o trabalho e colaborar para seu desenvolvimento, com sugestões, críticas e informações importantes (por isso a pergunta sobre um contato, inclusive um disque-denúncia anônimo).

Torçamos para que o projeto mereça aplausos em breve. Afinal, aplaudir no início do espetáculo não é de bom tom.

Aí estão as fotos do Diogo, ô meu!

Diogo já estava ficando impaciente. Mas finalmente coloco as outras fotos que ele mandou no ar, para o deleite de vossas excelências. Envie sua foto para nós que ela também aparece aqui! Manda por e-mail: sabarando@gmail.com.

É

Morro Verde

terça-feira, julho 12, 2005

A parte que te cabe

"Teleitores me perguntam por que grupos de ativistas políticos (como, por exemplo, o PSDB) se chamam de partidos. Não sei dizer. Só sei dizer que o mais partido, no momento, é o PT."

Ctrl C + Ctrl V de Millôr (clica!).

segunda-feira, julho 11, 2005

Duas Nothas: má notas

Então o Lucas A. P. Silva me liga e diz: "Mandei duas notas". OK, aí estão elas. Hãn? Não, claro que não.

) Afinal, para que serve mesmo aquele livro velho e empoeirado, intitulado Código de Posturas, que se encontra (é o que espero) na prateleira do prefeito? Bom, pela lógica séria por meio dele que a cidade deveria se guiar em certos aspectos, pois é ele quem faz menções sobre a regulamentação de atividades no município. Isso na lógica, porque como muitos podem ver no dia-a-dia da cidade, esse tal código de nada serve. Tome-se como exemplo bem simples as placas dos comércios. A maioria é irregular, desde açougues a farmácias, de farmácias a bancos... E por aí vai.

)O trânsito em Sabaráh é a maior piada de todos os tempos, para não falar trânsito de Português. Já repararam quantas placas idiotas existem?


P.S.: Opa!

A obra que ele obrou

Sérgio Pacheco

Ora, ora! Aí está o amigo Sergio Pacheco numa foto das antigas.

Quer ver mais fotos de gente de Sabará? Ah, você quer mesmo é ver fotos da cidade? Então clica aqui, ô meu!

Festival de Inverno X Quermesse: o leitor também quer saber

A temporada de festivais por Minas está aberta. E com ela a temporada de polêmicas. Um leitor que prefere não se identificar comentou:

"Sábado foi a apresentação de Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede em Ouro Preto. Chego aqui em Sabará no domingo e dou de cara com um projeto de feira de artesanato e me dizem que é o "Festival de Inverno" da cidade. O que eu achei? Deprimente. Para os (desculpem a expressão) "desce morro" deve ser ótimo. Maaaaaassss, e a parcela da população que está aberta a coisas de qualidade??? Pelo amor de deus, isso não é festival em lugar nenhum. Aliás o que construiram na pracinha central foi um picadeiro pra essas apresentações, né?! Mais uma vez: onde está a estrutura???"


E você, concorda? Não? Ora, então conte porque, ô meu!

Ah, o comentário desse leitor foi feito no texto em que defendo a criação urgente de nossa Lei Municipal de Incentivo à Cultura. O link é esse aí embaixo. Tá esperando o que?

Lei Anibal Machado é essencial para o desenvolvimento local (clica!)

domingo, julho 10, 2005

Água dura em pedra mole

2 (duas) que estão correndo à boca miúda (opa!):

q- Diógenes tentou construir um grande cemitério. Não conseguiu. Wander tentou construir um grande cemitério. Embargaram. Sérgio, num golpe de mestre, finalmente realiza o sonho dos prefeitos sabarenses. Nos canteiros da praça Santa Rita.

q- A praça Santa Rita, como todas as outras, depois de oito anos sem tomar banho, ficou encardida. Tentaram lavar para a inauguração do palanque, mas não conseguiram. Então, ora, encardiram o palanque também. Agora está tudo igual.

sábado, julho 09, 2005

Sabará recebe 14 viaturas novas. População espera contar agora com policiamento preventivo e atendimento mais eficaz

PM

Na foto, PM apresenta novas viaturas em carreata hoje cedo nas ruas do Centro

As 14 sirenes das novas viaturas da Polícia Militar ecoaram por Sabará na manhã de hoje. Em solenidade de entrega no Largo do Ó, seguida de carreata, a corporação apresentou à comunidade os novos veículos, que já estavam circulando há alguns dias na cidade.

Junto aos já existentes, A PM de Sabará tem agora 19 automóveis e quatro motocicletas para atender à população. Será o fim do famoso “infelizmente estamos sem viaturas...”, a resposta mais ouvida ao se ligar para a polícia sabarense? É o que todos esperamos.

Nos últimos meses, a ausência de viaturas era sentida de maneira aguda, tanto pela população, que ficava desamparada até mesmo em casos de emergência, quanto pela própria PM, que fora obrigada a anular quase que por completo seu trabalho preventivo.

Quem passou pelo pátio da PM nos últimos meses viu cerca de 10 viaturas completamente sucateadas.

Bem, as novas são Gol 1.6 Totalflex, da VW. Opção mais resistente que os antigos Fiat Palio. Mas a consciência de cada policial também será fundamental para a durabilidade dos veículos. De leve que o dinheiro é público!

Vale anotar o disque-denúncia, estampado no vidro traseiro de todas elas: 0800 300 190. O serviço é gratuito e garante o anonimato de quem faz a ligação. Não hesite em contactar a PM. Faça valer seus direitos. Inclusive para denunciar mal uso de viaturas.

Os 14 veículos entregues a Sabará são parte do projeto de renovação de 100% da frota na Grande BH. No total, o Estado adquiriu 528 novos veículos, num investimento de R$ 43,5 milhões (compra e gestão da manutenção).

O governo espera, com a terceirização, acabar com o sucateamento e o elevado índice de baixas na frota, além de aumentar a capacidade da PM de cuidar da segurança, já que haverá mais veículos nas ruas.

De fato, tanto em Sabará quanto em Belo Horizonte aumentou a sensação de presença da PM nas ruas devido às viaturas. Que o novo plano de gestão das mesmas se mostre eficaz e a PM continue presente não só no período de divulgação das aquisições.

Para ler a notícia oficial na íntegra, vá até o site da Imprensa Oficial (clica!) e leia noticiário do dia 30 de junho.

sexta-feira, julho 08, 2005

Ãhn? Júlio o quê?

E então, não vai votar em nossa nova enquete? Ela já está disponível aí no canto direito da tela. Está esperado o que, ô meu?

"Obra" no Kaquende termina sem começar. E as placas?

O tapume que havia sido instalado em frente ao chafariz foi retirado sem qualquer explicação. Havia afixada nele uma placa improvisada com os dizeres "Em obras". Improviso: falta de padrão, inexistência de dados como motivo da obra, duração, custo, engenheiro e empreiteira responsáveis pela mesma.

O que é que está acontecendo? Ãhn??? Desculpe, não ouvi nada!

Ora, a cidade realmente vem passando por pequenas intervenções urbanísticas que precisavam ser feitas há muito. Entretanto, ainda não vi placas em tais obras.

Os legisladores de plantão me corrijam se estiver equivocado, mas é lei instalar em qualquer obra a placa informativa. Ou aqui não é?

As placas nos mostram quanto estamos pagando pela obra, quem a está realizando, o responsável técnico pela mesma. Enfim, são uma satisfação obrigatória ao cidadão.

Na última gestão do ex-prefeito Wander Borges (97/2000), uma dessas placas foi a responsável por uma grande polêmica. Todos se lembram. A mesma informava que a construção do novo receptivo turístico (ainda fechado!) custaria cerca de R$ 111.000,00. Cento e onze mil reais.

Todos concordaram à época que com algo em torno de R$ 50.000,00 seria possível realizar uma obra daquelas. Esse valor que menciono não é casuístico. Há rumores dando conta de que foi esse mesmo o custo real do nosso receptivo que não recebe. Opa! Podemos ver as notas? Ãhn?

Bem, então estamos num dilema. Ou Sabará tem obras com placas mentirosas ou não as tem. Seria comprovante inequívoco de nova mentalidade administrativa o trato mais cuidadoso com tudo que diz respeito ao erário. E quando é um engenheiro quem está à frente do Executivo, placas, das que digam a verdade, são algo básico.

Voltando a questão do Kaquende. A sensação que tenho é de que nosso patrimônio está à disposição de experimentalismo e, para dizer o mínimo, da falta de planejamento.

Depois do lamentável episódio de pintura do chafariz do Rosário de verde (clica!), da intervenção incoerente na Santa Rita (clica!) e da opção por um piso inadequado para a calçada do Teatro (clica!), a prefeitura deveria finalmente olhar o Centro com unidade. Precisamos de um projeto coeso e duradouro, e não de intervenções aleatórias que beiram o descartável.

(Clica aqui e leia o que já publicamos sobre o caso do Kaquende)

quinta-feira, julho 07, 2005

Lei Municipal de Incentivo à Cultura, inexistente em Sabará, vira realidade em Mariana

Ontem Mariana comemorou a criação de sua Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Segundo notícia publicada no site Ouro Preto, "a criação da lei que dará um maior incentivo às tradições locais é uma vitória para a comunidade, que se prepara para festejar os 309 anos de Mariana, primeira cidade de Minas, que há 60 anos foi declarada patrimônio histórico nacional. “A lei municipal de incentivo à cultura é um avanço, um espelho do que foi a legislação estadual e federal e dará uma alavancada na cultura local e que alcancemos nosso objetivo de financiar eventos e que viabilize investimentos e desenvolvimento mais significativo ao patrimônio imaterial”, afirma o procurador do município Israel Quirino." (clica e leia tudo)

Em Sabará, o debate sobre o tema sequer começou, apesar de o ambiente, pelo menos o oficial, dar sinais de arejamento nesta seara. Por isso publico a seguir nova versão de artigo sobre o tema:

(publicado originalmente no jornal Contexto, ed. 7, 29 de setembro de 2004)

Lei Anibal Machado é essencial para o desenvolvimento local

Há muito o Estado não investe diretamente em cultura. Nas metrópoles o resultado foi desastroso. E em cidades do interior, como Sabará, a falta de incentivo sempre foi letal para a existência prolífica do setor. As manifestações culturais sabarenses, que se concentram principalmente na música e no artesanato, sobrevivem em sua maioria graças ao esforço sobre-humano e ao improviso de seus realizadores. Ao seu amadorismo, no melhor sentido da palavra.

Para compensar esse afastamento do Estado no fomento da cultura, nos anos 90 ganhou força nos níveis federal, estadual e municipal a idéia do financiamento cultural via renúncia fiscal. Naquela década diversas cidades brasileiras, de todos os portes, implementaram com sucesso suas leis de incentivo à cultura.

O mecanismo é simples: ao invés de pagar impostos (de Renda, no caso da União, ICMS, no caso estadual, e ISS no caso municipal) aos cofres públicos, pessoas físicas ou jurídicas investem parte desse dinheiro em projetos culturais. Ou seja, depois de aprovados por uma comissão, os projetos, com a chancela do poder público, vão atrás da iniciativa privada, que apóia projetos relevantes com o dinheiro que antes seria gasto com impostos.

Hoje, é graças às diversas leis de incentivo à cultura em funcionamento que o setor voltou a ter produção até satisfatória em todo o país. Além de promover, sob suas variadas formas e expressões, a formação do cidadão e manter viva a identidade histórica e cultural do povo, essas leis têm sido propulsoras indispensáveis do desenvolvimento econômico dos locais onde foram implantadas.

O sabarense já conhece os frutos desse tipo de iniciativa, já que o principal projeto cultural em andamento na cidade chama-se Trilhas da Cultura, da Belgo. Mas é viabilizado pela Lei estadual e seu formato não beneficia a produção econômico-cultural local.

Em Sabará ainda não existe lei de incentivo à cultura. E são raros os projetos locais que já foram inscritos e beneficiados nas Leis federal e estadual (caso da banda Santa Cecília e Uniapomg). A maioria dos artistas e produtores locais sequer conhece esses mecanismos. Independente disso, hoje a cidade tem artesãos e músicos sobrevivendo de forma independente. Agora imagine o que a criação dessa Lei no âmbito municipal pode provocar? Além de música e artesanato, abrirá espaço também para teatro, dança, literatura, pesquisas, festivais diversos e demais manifestações artístico-culturais.

A maioria das leis municipais de incentivo promove a renúncia de 3% da arrecadação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de cada exercício das prefeituras.
Se a Lei sabarense fosse criada hoje, portanto, poderia destinar algo em torno de R$ 300 mil por ano para ser injetado em projetos culturais.

Se o teto estipulado para cada projeto inscrito fosse de R$ 15 mil, por exemplo, seriam 20 projetos sendo realizados durante um ano. Algo capaz de mudar a paisagem sabarense, criando opções não só de cultura e lazer, mas gerando emprego e renda com a movimentação ou criação de mercados como o de sonorização, confecção, serviços gráficos, alimentação, maquiagem, etc.

A produção cultural mobiliza recursos e demanda grande quantidade de mão de obra. Está provada sua decisiva participação na evolução das cidades. Na Bahia, a cultura já responde há muito por quase 5% do PIB (Produto Interno Bruto). Pesquisa da Fundação João Pinheiro mostra que, já em 1994, o setor cultural empregava em Minas 90% mais que a fabricação de equipamentos e de material elétrico e eletrônico e 53% mais que a indústria de material de transporte.

Passa da hora de o Executivo criar nossa Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Certo de que as autoridades serão sensíveis a essa necessidade, sugiro até o nome da criança: Lei Aníbal Machado. Será justa homenagem ao nosso maior escritor e conhecido amante da cultura. Um amuleto para a necessária efervescência econômico-cultural municipal, cuja inexistência sufoca a todos nós.

Terceira Flip: um evento da Real

"A FLIP fará a sua terceira edição nos dias 06 a 10 de julho, na cidade de Paraty e a grande homenageada da festa será a escritora Clarice Lispector. Para comemorar o legado da autora, a FLIP convidou o diretor cênico Naum Alves de Souza para conceber a abertura da FLIP 2005: um espetáculo multimídia, conjugando depoimentos, leituras, canções e entrevistas inspiradas na obra de Lispector. Naum é também escritor, cenógrafo, figurinista e roteirista. Foi premiado com os troféus Molière, Mambembe, APCA, entre outros, e teve seus textos teatrais traduzidos para diversos países."
(Clica e leia tudo no site da Estrada Real!)

E: opa!

Piada de mau-gosto

Ok. Quem foi
o engraçadinho
que andou
espalhando
por aí que
este é
um blog sério?

B + A = Bah!

Nosso leitor mais assíduo assina seus comentários com o criativo nick PT Zinho, o que torna "impossível" a tarefa de imaginar quem é o homem que arrasta as pernas (opa!) atrás de palavras tão oportunas.

É ao dito que o Sabarando dedica este post B + A = Bah!

Nobre colega, acostumado que estás a espalhar panfletos "apócrifos" pela noite, confundiu-se e tropeçou aqui no blog. Sim, um blog livre é algo irritante. Afinal, a censura, venha de onde vier, concede um verniz de legitimidade ao que foi censurado. Ou seja, acaba chamando atenção para o irrelevante.

Então, quando quiser reler seus esclarecedores comentários, assim como textos de que gostou, que tal procurar em nosso arquivo? Isso! Ele fica aí ó, no cantinho direito, com o nome dos meses.

Para poupar nosso tempo, aqui vão os links para os textos e respectivos comentários que o PT Zinho censurou. Opa!

Shopping Oiapoque abre filial no Centro de Sabará (clica!)

A praça ainda não está pronta, pessoal (clica!)

quarta-feira, julho 06, 2005

Seis primeiros meses de governo Sérgio Freitas são excelentes para 50% dos leitores do Sabarando, mas 20% o acham péssimo

Então vamos ao resultado de nossa segunda enquete. Mas antes faço uma ressalva: os resultados estão aproximados, já que detectamos uma grande votação repetida com o intuito de contaminar essa consulta popular. Ou seja, pessoas que tentaram influenciar o placar entraram para votar mais de uma vez.

A pergunta que o Sabarando fez aos leitores foi a seguinte:
"Os seis primeiros meses de governo Sérgio Freitas são para você:"

Dos aproximadamente 100 leitores que votaram, cerca de 50% avaliam esse início do governo municipal como excelentes.

Em seguida, 20% dos leitores discordam, afirmando que acharam péssimos esses seis primeiros meses.

Somando-se os leitores que responderam "ruins", "regulares positivos" e "regulares negativos", temos pouco mais de 10% dos votos. 10% também foi a percentagem de leitores que acharam o início do governo Sérgio Freitas bom. Assim como 10% preferem ainda não avaliar o atual governo.

E então, o que você acha dessa história toda? Diga-nos, oh Anônimo!

Câmara irrelevante

A discussão não é nova, como nenhuma delas é. Mas observado o custo-benefício dos legislativos municipais brasileiros, não seria melhor acabar com a figura do vereador?

Sim, porque, com o trabalho legislativo profundo ignorado por absoluta inépcia de nossos eleitos, temos uma câmara irrelevante. Os assuntos que ali tramitam não necessitam do caro aparato legislativo para serem discutidos a sério e implementados. E falar em fiscalização do Executivo, aqui, é piada de mau-gosto.

Um conselho legítimo, autônomo, comunitário e bem planejado, que não tivesse a possibilidade de tornar-se trampolim eleitoral, daria conta do recado com muito menos bazófia.

E, mesmo, repare: no bojo das secretarias municipais há autonomia (pelo menos burocrática) para lidar com quase que sua totalidade.

Temos por hábito acreditar na existência de nossas instituições públicas orientados por critérios como a tradição. Somos crédulos, um povo que diz amém e assina cheques em branco. Passada a euforia das eleições, a poeira volta a baixar e o que era promessa de mudança, bem, aí está. Como na maioria dos municípios brasileiros, continuamos com um Legislativo fictício.

Se a reforma política é colocada em pauta agora de forma abrupta, em cidades como Sabará é mister discutir a promiscuidade (legalmente e moralmente endossada) na constituição tanto do Executivo quanto do Legislativo.

Roberto Jeferson lembrou ontem no Jô da época em que recebia mesada de seu pai. "Se chegasse depois do horário marcado, não poderia sair para dançar no dia seguinte", afirmou. O Congresso não dança no ritmo desejado quando bancado por mesadas. Nossa prefeitura e nossa câmara, seguindo esse raciocínio, têm que seguir o ritmo imposto por quem os tornou poder. Dizendo claramente: enquanto forem feitos acordos como os que elegeram Sérgio Freitas e a maioria dos vereadores, não teremos governos legítimos. É o conchavo no poder, não se esqueça nunca disso.

Um leitor que emite sua opinião aqui no blog tem mais respaldo que um vereador. E não recebe um tostão por preocupar-se com sua cidade.

Aprovado!

Em discussão, em votação, aprovado.
Em discussão, em tocação, aprovado.
Em discussão, empulhação, aprovado.

Brumas de São Francisco

Bruma

As luzes de Sabará ao amanhecer são uma das coisas que continuam incríveis na cidade. Pule da cama mais cedo no fim de semana e dê uma voltinha na rua. Você não vai se arrepender.

Ah, sim. Essa bela foto acaba de ser enviada pelo amigo Cristiano Hamacek. E você? Não vai mesmo mandar nenhuma imagem para nós?

terça-feira, julho 05, 2005

Kaquende fechado: obras ou interdição?

Poucos dias depois do tapume ser colocado em frente ao chafariz do Kaquende, o cartaz dizendo que tratava-se de interdição devido a má qualidade da água sumiu. Agora, só resta a placa dizendo que o monumento está em obras.

Ok. Mas depois das obras da praça Santa Rita e novo trevo do Gaia terem coincidido com o Festival do Ora Pro Nobis, a interdição desse chafariz que é referência da cidade em pleno "Festival" de Inverno é uma mancada e tanto. Opa!

Ok, não foi isso? A água estava mesmo imprópria para o consumo? A saber.

Certa vez (início de 2004) tentei checar junto a Copasa o boato de que aquelas águas são impróprias para se beber há muito tempo. Tocaram a bola para a prefeitura. Depois de ligar para diversos setores sem receber qualquer resposta confiável, desisti.

Enfim, trata-se de novela reprisada, e de muitos capítulos.

Fica nosso apelo enquanto as respostas irão pingar em gotas:

1) Não pintem o Kaquende de verde;
2) Decidam: festival de inverno ou de obras?

p.s.: "Festival" vem em aspas aqui no Sabarando porque, bem, e, ora!

Sabarando recebeu hoje milésimo visitante

Um mês,
um dia e
mil visitantes.
Vamos que vamos. Opa!

PM e Civil apreendem caça-níqueis no Centro de Sabará

As polícias Militar e Civil neste momento estão fazendo uma grande operação no Centro de Sabará. De acordo com a PM, um total de 120 homens foram mobilizados para a ação, e até o momento 50 máquinas ilegais de caça-níqueis já teriam sido apreendidas.

O crescimento desordenado desse tipo de negócio no Centro de Sabará acabou atraindo outras atividades suspeitas para os estabelecimentos que o praticam.

Nos principais quarteirões da cidade, atividades como a jogatina e venda de bebidas vêm acontecendo a qualquer hora do dia, sem qualquer tipo de sanção ou fiscalização previstas inclusive nas leis municipais.

Nas madrugadas, tais estabelecimentos costumam promover algazarras que já terminaram em trocas de tiro, amplamente comentadas pela comunidade, que se senta acuada.

Operações como a de hoje merecem aplausos. Mas devem ser freqüentes, para que o ilícito não seja banalizado como está agora.

sábado, julho 02, 2005

A fábula do velinho que queria dormir no palanque novo da praça Santa Rita mas não sabia que não podia...

Puxa, o Sol sopra um calorzinho gostoso no centro de Sabarov nesta tarde. E o velho, bem o pobre velho está cansado. Ele veio a pé lá do lote que ganhou no Adelmolândia 32. Bem, então ele, educadamente, coloca sua pasta de plástico ao lado e retira seus sapatos. E deita para uma soneca... no palanque novo da praça Santa Rita! Opa!

Ora, mas que velinho desavisado! Não sabe que, bem, aquilo ali é obra nova? E daí? Ora, não se deita no meio de obra nova para um cochilo!

E rapidinho, o homem foi enxotado de lá. Mas não se deu por vencido. Caminhou, levando seus sapatos e pasta na mão, para o coreto. Ah, o coreto, que abriga a todos em suas madrugadas... De trovadores a batedores, de hippies a chiliques...

E lá, o velinho deitou-se tranquilamente. Ufa! Mas mal acabou de fechar os olhos e, opa!, o home do som (sim, hoje tem som no coreto, é dia de inarguração do palanque!) o enxota de lá.

Pobre velinho de sapatos na mão. Desce a praça e some rua abaixo.

MORAL DA HISTÓRIA
Olha, você pode dormir onde quiser em Sabará. No coreto, então, terá pouso garantido e coberto. A cidade tem gente dormindo na rua o ano inteiro. Mas pelo amor de deus, em dia de inauguração, NÃO.

Sai daí, Zé!

Sei lá, tava só pensando: E se aparece em Sabarov um sujeito que, como o Roberto Jef, resolve abrir o jogo. Ãhn?

Se o sr. Gilberto Ferreira (ora!) conta tudo, por exemplo. Mas... alguém o ouvirá? Não, o juiz não vale, nem pensar.

Mas aí lembro que, ora, estamos também em tempos de CPIs. Temos lama debaixo do tapete! Temos pessoas públicas que, com o passado que têm, aceitam qualquer presente!

E daí? E daí se temos nosos próprios canalhas? Se eles continuam indo à missa e encontram mãos quentes para o cumprimento eclesiástico? Ora, não somos como Brasília. Não fazemos auê por causa disso. Temos re-putação, ô meu! Vê se não atrapalha que agora o negócio é turismo, não é mesmo. Que negócio esse mensalão, hein?

Só não diga na praça Melo Viana algo do tipo: "Justiça seja feita!". Vão pedir para retirar-se imediatamente.

Opa! Opa! E: peraí!

"É dando que se recebe.
Mas, por segurança,
certas moças
e certos políticos
cobram adiantado."
(Millôr)

P.S.: E se a política for moça, digo, e quando a moça é política?

Reforma política: geral com cera, mas sem vaselina

Ok, reforma política. Suponhamos que Roberto Jef (estamos em Brasília, fellows) dê o serviço todo, digo, continue prestando o grande serviço de boquirroto republicano e, bem, algo dê no que tem que dar. Sem pizza.

Aí a política será reformada. Aí talvez acabem com os cagos, digo, cargos de confiança na administração pública. Que hoje é privada.

Perceberam? Vai mudar tudo. Como vão se arranjar os que sempre arranjam?

Já posso ver o primeiro dia depois do dia D: o prefeito sentado sozinho no salão nobre tenta pedir um café com adoçante e um sanduíche de mortadela. Mas não há mais ninguém além dele no velho prédio. A reforma barrou todos! Digo, quase todos. A primeira dama é concursada (foram eles que insistiram em dizer...)

Sim, porque hoje há cem ocupando cargos de confiança para cada meio concursado. Se esse tipo de arranjo fosse proibido, a prefeitura não andaria a passos de cágado (lá vem você pensar bobagem...).

Mas, ora e, ufa! Aqui o favor é moralmente aceito, incentivado e autenticado em cartório. Ou seja, a reforma não vem pra cá, ô meu!

Se viesse, bateria de frente com a própria população. É incrível como depois de eleições municipais as pessoas chegam perto de você e perguntam: "E então, bem votado como você foi, não vai ser chamado?"

Ora, a percepção, em todas as latitudes, é a de que a prefeitura é uma mãe que deve afagar quem merece. Um prêmio de consolo para quem não passou no teste das urnas e a tábua de salvação tanto para desempregados quanto para vagabundos (duas classes bem distintas).

Uma gestão que mire a excelência deve abolir o favor, que é uma praga. O pacto da administração deve ser com a esfera pública. E ponto. Concessões, bem, concessões transformam sonhos em algo como a Sabará de agora.

Ora, excelência. A única excelência que Sabarov conhece ainda vem precedida do pronome "Vossa". Em maiúscula.

Quiz (não confundir com "quis...")

Nível avançado. Valendo um biscoito canino, dos bons. Dois biscoitos para quem responder também de que partido são eles (e ela).

Então vamos que vamos:

3 - Quantos são, e quais são os vereadores de Sabarov?

Ah, três biscoitos para quem souber dizer com quantos paus se faz uma canoa (das boas).

Na mesma praça, no mesmo banco, nas mesmas...

O leitor Diogo Alvares Correa deixou um comentário procedente aí embaixo. Afinal, a "filosofia" (eita!) dos festivais hodiernos (help, Aurélio!) é a descentralização e entrosamento cada vez mais amplo com a comunidade. Opa, mas isso que acabo de escrever é um argumento que pode ser usado para mostrar que o nosso não é um festival de inverno. Opa! ...

"Fiquei super feliz com o programa das "festividades" do nosso município. Sabará, gente, só tem as praças Santa Rita (que perdeu toda santidade) e Melo Viana?

Pouquíssimos eventos acontecem fora delas. Por que? Existem muitas praças, mesmo na sede. Cito alguns nomes: praça Getúlio Vargas, do Barão, Praça de Esportes, praça Ourives Duarte Costa, praça Primeiro de Maio (Esplanada), entre tantas outras.

Mas as pessoas insistem que Sabará é só esse miolo. Não é à toa que os jovens de outros bairros se revoltam, pois tudo é sempre nos mesmos lugares. Reparem: há anos são os mesmos que planejam as festas da cidade, e nada muda. Só a passarela do álcool foi ampliada."

Novos tempos de velhos problemas

O Sabarando vai de vento, mas não em popa. Dia 4 de julho, primeiro aniversário: um mês. Quase mil visitas. Opa!

E neste instante, correndo os olhos pelas centenas de comentários, meus e dos leitores, me dou conta, aterrorizado, do seguinte.

O Sabarando não traz nenhuma novidade!!!

É verdade. Repare: todos os problemas levantados e discutidos aqui são velhos, podres, caquéticos.

O que é ainda mais desanimador. Ou seja, todos sabemos onde o sapato aperta, e não é de hoje. Pessoas das mais diversas origens e gerações são capazes de apontar, sem titubear, os principais problemas que afligem essa cidade dormitório em sono profundo.

E o que é sono vai virando coma.

Então o papel (hã? opa!) do Sabarando é mais ou menos este: um registro de uma época de incapacidade, diário de bordo de uma nau, digo, um barquinho a remo, sem rumo.

sexta-feira, julho 01, 2005

Vereador autor de lei contra nepotismo é morto a tiros em Pernambuco

Deu n´O Globo hoje: (putriqueira)

"O vereador Jota Cândido (PDT) foi assassinado a tiros na manhã desta sexta-feira quando chegava à rádio onde trabalha na cidade de Carpina, a 70 quilômetros de Recife, em Pernambuco.

O vereador era o autor de uma lei aprovada em junho deste ano na Câmara Municipal da cidade proibindo o nepotismo. Há meses ele recebia ameaças de morte. Segundo testemunhas, Cândido foi metralhado por dois homens numa moto. A polícia recolheu 18 cápsulas de bala no local do crime.

Em maio, Cândido já havia sofrido um atentado. Na época, ele foi até Recife e entregou um documento ao Ministério Público e ao governo estadual denunciando as ameaças que vinha sofrendo e pedindo proteção policial. Nada foi feito, no entanto.

A deputada estadual Carla Lapa (PSB) chegou a dizer, após o primeiro atentado, que o responsável pelas ameaças era o prefeito de Carpina, Manuel Botafogo (PSDB), que segundo ela mantinha 28 pessoas de sua família empregadas na prefeitura.

Outros veradores integrantes da comissão que deu parecer favorável à aprovação da lei também têm recebido ameaças de morte. O corpo do vereador está sendo levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Recife."

Nau sem rumo

"Ah... mas o Brazil
vai ficar rico!
Vamos faturar
um milhão!"
(Renato)

E, depois da meia-noite, Heloísa, Simon e Suplicy acendem fósforos na escuridão do lamaçal.

Espetáculo vulgar? Um viva para el rei. Opa!

O Iphan está pouco se lixando para isso aqui. Estamos à margem de qualquer discussão séria sobre patrimônio, cultura, turismo e os habituais gêmeos, os famosos etc. e etc.

Anos de incompetência, descaso e falta de sensibilidade transformaram-nos numa ilha isolada do contemporâneo. A cidade não ressoa fora de seus limites. Nem dentro. Sabará tem tão poucas vozes, raras legítimas, que ela própria está surda.

A cidade é um boneco na mão de manipuladores deselegantes, amadores, que não gostam de seu ofício, tirando-o do campo da arte e atirando-o à seara do ridículo, dos bufões.

Ora, mas a culpa não estaria na platéia? Pois aqui ela é tão pouco exigente que aplaude sempre. Por mais vulgar que seja o espetáculo.

Perguntas sem respostas, traças famintas. Um viva para el rei!!!

O leitor Albertus questiona num comentário no blog:

"Por que ainda não informatizaram a biblioteca pública e instalaram lá alguns terminais conectados à internet para fins de pesquisa????"

A pergunta dele me faz lembrar o seguinte. Hoje virou moda, que inclusive já chegou em Sabará, instalar tele-centros digitais em periferias. Dizem que é para dirimir a "exclusão digital" (opa!). Ora, há que se excluir outras exclusões antes. Não?

Afinal, na maioria das vezes (há exceções dignas), o político gabarola que diz promover a inclusão via computador não sabe sequer ligar um deles. Olhaí, fui injusto! Afinal políticos analfabetos têm por obrigação promover a educação da mesma maneira que um letrado. Opa! Espera aí: a lei não permite candidatos analfabetos! Bem, ora, e... ah, deixa.

Bem, mas lá está nossa combalida biblioteca. E cá estamos nós, a sós.

Um alento, cuja continuidade deve ser verificada antes de irromperem os aplausos. Dia 21 de junho, técnicos do Arquivo Público Mineiro avaliaram o acervo de livros raros da Biblioteca Municipal Professor Joaquim Sepúlveda. (não sei porque ainda linco o site da prefeitura, se na maioria dos casos, como esse, a notícia lá noticia quase nada... opa!).

Não sou técnico e sei, como alguns bravos sabarenses o sabem (um abraço, Deep), que aquele acervo, já em parte devorado pela fúria de águas, traças e descaso do último inepto que sentava no trono, é um puta acervo.

Que merece providências, não visitas. Mas, epa! Olhaí, estamos criticando antes de mais nada. Antes de mais nada, ora, esse é um espaço livre, não um site oficial. E temos dito. E aguardemos dias melhores para nossa História, antes que as traças a façam caminhar por seus intestinos e na sequência devolvam-na ao mundo pelo devido orifício expectório.

quinta-feira, junho 30, 2005

Festival de Sabará: programação, finalmente

Então, tá.
Saiu a programação de nosso "Festival" de inverno.
Ãhn? Ah, sim. As aspas em festival são implicância minha.
É porque, bem, não sei não...

Mas vamos que vamos. Clica aqui e aqui para conhecer a programação.

Verde: esperança ou imaturidade?

E à medida que Sabará atravessa os dias vai ficando verde. Apesar da tentação da metáfora, não direi a seguir que trata-se de clara simbologia a representar a imaturidade de uma cidade hoje menor, sobretudo na política. Não.

Também esqueçamos por ora a afronta e desrespeito ao público que foi a pintura do chafariz do Rosário com a cor que a atual administração pega empresatada para si.

Ora, verde também é esperança. E se Brasília nos envia sinais de que a corrupção a destruiu, talvez seja bom agouro o fato de passarmos aqui a torcer por novos tempos pintados com a cor que pede sua vinda. Oras e oras.

Ontem vi o coreto ficando verde com as pinceladas lentas de um velho operário do município. As pontes, símbolo da travessia, também já têm a nova cor.

São muitos os que lamentam, em silêncio e anonimamente, como "bons" sabarenses, as feridas e os baques que transformaram a cidade no que é agora. Sabará é uma cidade machucada e o verde é uma cor que nos pede calma e lembra que há sempre alternativas.

Mas a realidade não se pinta numa tarde. Ela carece de enfrentamento. Vista assim, Sabará é uma cidade que tenta se transformar e nesse exato momento evidencia um penoso conflito que parece não chegar aos ouvidos da massa, apesar de estar tudo diante de seus olhos.

Ora, há essa clara intenção de impor a identidade e a presença de novos tempos por meio da nova administração. O verde irrompe pela cidade, às vezes despropositadamente (oh, Rosário...). Mas a ânsia de dizer ao povo que é tudo novo pára na porta da prefeitura. Pois lá dentro, nas entranhas do poder municipal, ainda mamam velhas bocas.

Oh, e como são viciadas essas bocas! Elas mantêm vivos modos arcaicos de uma gestão casuística que atropelou o público e mirou o poder.

Que é um governo senão um amontoado de interesses? Aqui, as ruas já descobriram. Temos um novo prefeito, sim. Mas o governo ainda é velho, perigosamente velho. Não vê? Todos os ineptos de outras épocas surpreendentemente ainda encontram tetas fartas onde cravar seus dentes cariados. Todos: parentes, derrotados, desqualificados.

Então temos um conflito de interesses que, como em Brasília, está a matar um governo que nasceu autêntico. Ok, o nosso não nasceu autêntico. Mas as ruas já aceitaram de bom grado o que estão chamando de “boa vontade e interesse” do novo mandatário municipal. O que não basta para evitar que seja estraçalhado e perca a legitimidade entregue de graça por significativa parcela do crédulo povo sabarense.

Aqui, temos o verde a anunciar a esperança nas ruas. E o amarelo, que poderia representar o ouro. Mas que no momento é a lembrança de um fruto podre.

quarta-feira, junho 29, 2005

Praça de alimentação ou passarela do álcool? Voto na praça, só que na Santa Rita

Obra na praça Santa Rita

Nesta semana, a obra na praça Santa Rita entrou praticamente em sua fase final. O amplo calçamento novo de pedra portuguesa ficou belo. O que evidencia ainda mais o efeito que oito anos sem tomar banho tiveram sobre o calçamento no resto da praça. Vai dar trabalho tirar o encardido para a inauguração da passarela do álcool (o que? ainda não pensaram nisso?).

Opa! Passarela do álcool? Ou será praça de alimentação? Ora, deveria ser apenas praça. Será uma pena ver esse belo calçamento tomado por mesas, sem espaço para o pedestre olhar a paisagem e a brincadeira das crianças. Muito mais charmoso (e coerente) seria instalar bancos, iguais aos que já há na praça, apenas nas laterais.


Obra na praça Santa Rita

Afinal, o desenho do projeto evidentemente peca pela falta de harmonia com o resto da praça. Com o acréscimo de mesas de bar, então, será um elemento estranho para a Santa Rita.

Explico. A opção por essa espécie de deck bem elevado separou a Santa Rita em duas.

Uma opção mais eficaz de ampliação do espaço poderia ter adotado elevações semelhantes, mas em três níveis mais suaves (removendo para tanto o chafariz, como já foi afirmado que será feito). Esses três níveis poderiam ter as extremidades viradas para o coreto acompanhando a borda circular do piso que contorna aquela construção. E não escadas. Isso teria um efeito surpreendente de valorização do coreto, que poderia ser ainda mais destacado com o uso de iluminação especial.

Mas enfim, um projeto assim trataria o coreto como elemento principal da praça. O que não foi feito, pelo contrário. Mas, se os coretos são símbolos do viver em Minas, não o são também os botecos? Só mais uma questão de visão administrativa (no caso da nossa, opção temerária, já que o discurso mira o turismo).

Enfim, a praça continua com seu coreto lá no meio. E se a prefeitura não voltar atrás, terá um botecão. Ou seja, haverá a praça Santa Rita. E a passarela do álcool.

Agassis despede-se da presidência do Rotary Sabará

Agassis Martins e sra. Vilma Vecchio

O Agassis Martins, ex-presidente do Rotary de Sabará, acaba de nos enviar essa foto onde está ao lado da sra. Vilma Vecchio, no jantar de sua despedida. Mas o Agassis avisa que, apesar de não ser mais o presidente da entidade, vai continuar ao lado dos companheiros.

E você, está esperando o que para nos mandar sua foto por e-mail e vê-la publicada aqui?

terça-feira, junho 28, 2005

Uma pergunta, nenhuma resposta

Que tipo de perguntas você faz
aos seus botões
para avaliar a credibilidade
das principais instituições públicas
municipais (e seu respectivo recheio)?

Quiz (não confundir com "quis...")

(nível difícil) Então vamos lá:

4- Qual o nome do vice-prefeito de Sabará?
2- Qual o nome do presidente da Câmara de Sabará?
3- Quantos juízes tem nossa co-marca, e quais os seus nombres?
1- Com quantos paus se faz uma canoa (para duas pessoas)?

Aposto que nenhum anônimo tem essas três respostas... Hã?

segunda-feira, junho 27, 2005

Uma imagem que deveria ser preservada para sempre

Chácara do Lessa

Acabamos de receber essa bela imagem da Chácara do Lessa, enviada pelo amigo Diogo Reis. Ei, o que você está esperando para mandar suas fotos por e-mail e vê-las publicadas aqui? Ãhn? Sim, claro! Pode mandar fotos de gente também.

Até.

Concurso público do Iphan tem uma vaga para Sabará

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional oferece 148 vagas a serem preenchidas via concurso público (tá pensando o quê, ô meu?).

Uma dessas vagas será preenchida em Sabará. Se você é museólogo, clica aqui, leia o edital e boa sorte. Se passar, não vá ficar de nariz em pé que nós te acertamos, hein?

Se preferir, clica aqui agora e vá direto para o site do Iphan!

Retro-flexões, do além

"Qual é
a credibilidade
do palhaço?"
(no Pânico)

sábado, junho 25, 2005

Aí está o Lucas

Lucas Augusto, vulgo Lucas A. P. Silva

Aí está o amigo Lucas Augusto preparando-se para um click daqueles. Após essa foto, ele escorregou e foi parar lá embaixo. Mas o rapaz já passa bem.

Opa! Mande sua foto para cá. Ela vai ficar no arquivo de imagens de gente da cidade. Tá esperando o quê? Manda a foto por e-mail, agora!

É meu! É meu!

N´O Globo:

"O exílio do homem cordial”, de João Cezar de Castro Rocha, rastreia no plano histórico-sociológico não apenas a promiscuidade entre as esferas pública e privada na formação do Estado brasileiro — particularmente em sua tendência para apropriar-se de recursos públicos como se estes pertencessem ao governante de plantão — como indaga de maneira oportuna sobre o papel do homem de letras cordial “tanto em relação ao Estado quanto em relação a seus pares”.

Clica aqui e leia tudo.

Shopping Oiapoque abre filial no Centro de Sabará

É isso aí. Não corra risco no centrão de BH para comprar em camelôs. Na rodoviária velha, praça Mello Viana e rua Dom Pedro II, os ambulantes (e nem tão ambulantes assim) vendem de tudo. E mais um pouco.

Aqui, eles trabalham na cara da prefeitura e do fórum (não há câmara na cidade). Aqui, quem deveria fiscalizar a atividade que já está fora de controle virou cliente dos vendedores.

"Sabará é mais tranqüilo para trabalhar, ninguém enche o saco". Essa a frase que ouvi de um vendedor ambulante de Nova Lima outro dia. E por que ele não trabalha lá em sua cidade? "Ah, rapá, lá em Nova Lima o pessoal fica em cima, tem fiscalização direto, não dá não".

E vamos que vamos... Com a palavra, quem tem a palavra. Opa!

A praça ainda não está pronta, pessoal!

Em atitude sensata, a prefeitura retirou as moitas de azaléias nos últimos canteiros da praça. Eles estavam servindo de banheiro e guarda-volumes de, bem, vocês sabem o que.

Parabéns.

Mas pelas ruas já se escutam vozes pouco razoáveis. Reclamam que a praça ficou horrível. Mas não ficou ainda, ora pois!

É agora que começa o trabalho de jardinagem. Os canteiros limpinhos como estão são só telas prontas para receber tinta, e não a pintura acabada.

Esse tipo de susto é provocado pois o sabarense está tão desacostumado a qualquer tipo de intervenção positiva no Centro que, quando começa alguma mudança, acha que a coisa vai piorar.

Enquanto os canteiros não ficam prontos, usuários de drogas que freqüentam a praça estavam sem lugar ontem à noite. Tentavam encontrar um banco onde ficassem menos expostos. Sentavam-se meio de costas para a rua. Mas não teve muito jeito. Os casais também terão que se esfregar em outros escurinhos.

Talvez com os novos ares a praça volte a receber um público que desapareceu há muito, espantado pelo clima de boteco que tomou conta do lugar: as crianças.

sexta-feira, junho 24, 2005

Acolás

"O corrupto deve ser punido"
Lula, na TV

Afasta de mim esse cálice (de vinho tinto de...)

"Você tem o direito
de calar a boca.
Tudo que disser
pode e SERÁ usado
contra você
num tribunal
devidamente
subornado"
(Policial brasileiro, ao prender Zé Ninguém.)

"Sempre foi assim..." Ora, não encha o saco!

“Jogar pedra é fácil, fazer é difícil.”
“Criticar é muito gostoso, mas quero ver você fazer.”
“Ora, pelo menos estão tentando. Não é fácil mudar as coisas.”
“Sempre foi assim.”
“Etc.”


Pronto. Quer me deixar irritado é vir com frases desse tipo. Alguns esboços dessa argumentação chula já surgiram aí nos comentários.

Elas evidenciam a inabilidade para lidar com a exposição do contraditório, da crítica, da divergência, do debate, do democrático (hein?), da opinião, da discordância, da indignação, da liberdade e de todos os etc e etc que cabem com folga aqui.

Elas são a defesa do conformista, do anônimo, do gabarola, do que aceitou o favor. Do sabarense?

Do que se esquece que há obrigações mínimas a serem cumpridas, e não favores a serem feitos. Ora, para entrar lá (e aqui falo de todos os “lás”) abre-se conscientemente a porta da frente. E aos que passaram por ela e utilizam esse tipo de argumento eu lembro: a porta de saída está permanentemente aberta e é melhor utilizá-la antes de cogitar o uso do “pelo menos...”.

Sabará será isso aí enquanto isso não acabar. E isso não acaba nunca e por isso estamos longe de lá. Que lá? Ora, ora...

Os sabarenses ainda não estão prontos para a praça pública (não confunda as coisas aqui, ô meu).

53% X 53%?

Neste exato instante, o resultado parcial de nossa enquete diz que 53% dos leitores do blog consideram os seis primeiros meses da gestão Sérgio Freitas excelentes.

A mesma porcentagem de leitores que julgou os 8 anos de governo Wander Borges péssimos na enquete anterior.

Ãhn? Não, não. Isso é apenas uma nota de registro, ô meu!

Prefeitura finalmente diz que bota guarda municipal na rua dia 13 de julho

Acabo de receber o anúncio:

"A prefeitura de Sabará empossará os integrantes da guarda municipal, no próximo dia 12 de junho, às 19 horas, na fundação Belgo Mineira. O grupo estará atuando nas ruas a partir do dia 13 de julho."

Bem, então eles já tomaram posse, ora. Afinal estamos no dia 24 de junho. Mas segue a notícia:

"A corporação se ocupará das infrações de âmbito municipal de menor potencial ofensivo. Através dessa iniciativa, será criada uma estrutura capaz de atender às questões de menor relevância, ficando a Polícia Militar para atender os casos mais graves, garantindo, assim, uma maior segurança à população."

Finalmente. Essa novela da guarda municipal foi escrita e reescrita, mudou de diretor. Mas não estrevava nunca!

Bem e, ora, ufa! Estamos abarrotados de questões de menor relevância a serem resolvidas.

E se a guarda municipal for patrimonial, fico imaginando cenas como a dos policiais (é assim mesmo?) tentando impedir pintores da prefeitura de depredarem chafarizes.

Em aberto: o que são questões de menor relevância para os senhores anônimos de plantão aí do outro lado da linha? Com a palavra, minhas amigas e amigos anônimos...

quinta-feira, junho 23, 2005

Inscrições abertas para o Festival de Inverno!

Só que de Ouro Preto e Mariana...

E enquanto não temos informação (opa!) sobre o que será de fato o "festival de inverno" de Sabará (programação, oficinas e o famoso etc etc), porque você não visita o site do Festival de Ouro Preto e Mariana (da UFOP) para entender o que é esse tipo de evento?

Hein? Tá esperando o quê, ô meu?

Festival de Inverno X Quermesse

"Ouro Preto, Mariana, Itabira, São João Del Rei e Diamantina promoveram o lançamento conjunto de seus festivais de inverno na sede da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), em Belo Horizonte, dia 15 de junho, com o apoio do Instituto Estrada Real. São quatro festivais no caminho da Estrada Real, unidos para promover a cultura e incentivar o turismo regional."

E nós? Alguém ouviu, FORA DA CIDADE, repito, FORA DA CIDADE, algo sobre o que vai acontecer (vai?) aqui em Sabarov?

Ok, foi assinada dia 19 a parceria com o UNI-BH, que faz o festival em Ouro Preto, Mariana e outras cidades, para fazer algo similar por aqui. E mesmo assim, não participamos do lançamento anunciado por toda a imprensa!!! O que houve, camaradas? O UNI-BH não nos convidou? Perdemos o bonde? Faltou o mensalão?
De que adianta a parceria com os home de fora se de saída já perdemos o cafezinho de lançamento? Um festival de inverno digno desse nome deve estar na mídia nessa fase, sob pena de virar quermesse local com show na praça.

(clica aqui, aqui, aqui e aqui e saiba tudo, ô meu!)

Retro-flexões

"Havia a Estrada Real.
Havia? Eu não vi.
Não aqui.
No meio do caminho, Sabará.
Havia uma pedra,
riscada do mapa,
no meio do caminho.
Lá no caminho,
avanço.
Aqui no meio da pedra,
discurso."

(in: "Ouro de Tolo não move moinhos")

Projeto de portal em Diamantina: lição para Sabará aprender

É reconfortante ver idéias simples, mas de grande valor, saindo do papel de forma espetacular. Ou seja, com grandes nomes e profissionalismo envolvidos do início ao fim do projeto. Definitivamente, isso nunca aconteceu em Sabará. Ainda há esperança de que a mudança de discurso force alguma mudança, mínima que seja, nessa realidade irritante.

A vantagem de se envolver nomes como o de Gustavo Penna e patrocinadores de peso é que a visibilidade de uma obra, por mais simples que seja, garante visibilidade e legitimidade imediata ao projeto.

Outro exemplo disso é o concurso público nacional para a criação na praça da Liberdade, em BH, do gigantesco centro cultural. Já há visitantes potenciais em todo o país antes mesmo de a obra começar para valer.

Nosso Centro Histórico, ao invés de experimentações isoladas, merece algo do tipo. Um concurso nacional que busque soluções coesas, integradas e exeqüíveis para toda a área central onde ainda há vestígios de História, recuperaria minhas esperanças. Intervenções desconexas (e até irresponsavelmente verdes) como as de agora só corroboram a fragmentação.

Bem, pé no chão e enquanto isso não acontece, descubra aí na notícia abaixo um pequeno exemplo de como é que se faz as coisas:

"Diamantina, patrimônio da humanidade, encravada no Vale do Jequitinhonha, a 295 quilômetros de Belo Horizonte, vai ganhar, em breve, mais um monumento histórico, com a construção de um portal da Estrada Real.

A obra, orçada em R$ 500 mil, será instalada no trevo situado na interseção da BR-367 (estrada Curvelo/Diamantina) com a avenida Doutor João Antunes de Oliveira. A construção será patrocinada pelo Ministério do Turismo, com o apoio da Prefeitura de Diamantina, Instituto Estrada Real, Secretaria de Estado de Turismo e da empresa V&M Tubes.

O portal foi projetado voluntariamente pelo arquiteto Gustavo Penna, de Belo Horizonte, que assinou os projetos de prédios conhecidos da capital, como os da Academia Mineira de Letras e da Escola Guignard. Ele projetou também o Monumento à Liberdade de Imprensa, em Brasília.

De acordo com o arquiteto, a obra terá formato em L, com 50 metros de comprimento por 11 de altura, e será construída em concreto e tubos de aço. Suas formas acompanham as linhas arquitetônicas do Velho Mercado de Diamantina, também conhecido como “mercado dos tropeiros”, um dos locais mais visitados da cidade.

"Um portal é sempre uma homenagem aos valores das gerações passadas, e Diamantina é uma cidade representativa dos valores nacionais. Por isso, considero essa obra um ato de cidadania", afirma Gustavo Penna.

O projeto contempla ainda um espelho d’água e uma pedra esculpida com a logomarca da Estrada Real, que tem Diamantina como o seu ponto de partida, terminando em Parati, no Rio de Janeiro. O caminho era usado por tropeiros e outros viajantes, que transportavam as riquezas da região, principalmente ouro e diamante , enviadas para Portugal." (fonte: Estado de Minas, via site da Estrada Real)

Seminário de graça sobre Turismo: quem vai nos representar?

É amanhã, gente. Historicamente, Sabará não envia ninguém ou é mal representada nesse tipo de evento.

A idéia do pessoal é encontrar metodologias para dinamizar o processo junto aos municípios com potencial turístico (será que temos?), fazendo-os explorar seus recursos naturais e econômicos de forma participativa, na busca do desenvolvimento sustentável.


Ora, quem tiver tempo dá uma passada por lá e conta tudo que aconteceu aqui.

Clica aqui agora e saiba tudo sobre, lá no site da Estrada Real.

quarta-feira, junho 22, 2005

Majestade

Detalhe do Carmo

O Luciano Viterbo está mesmo empenhado em clicar Sabará com sua nova KONICA MINOLTA Z2 digital. Esta é uma das várias imagens que fez da igreja do Carmo. E você, não vai mandar para cá suas fotos? Ah, aceitamos fotos de gente também (vivos ou mortos, tanto faz).

Até.

Retro-flexões, do além

"Todo cuidado é pouco.
Quando políticos se reúnem
e concordam em assumir
posição ética comum,
segure sua carteira.
Eu já segurei a minha."

"A coisa mais ridícula
é todo mundo."
(Millôr)

Sr. Abalto reclama de "escritório para bandidos"

Comentário do leitor Anderson Abauto, que tem a ver com o post anterior:

"Fico impressionado com as coisas, mas tão impressionado, que parece pegação de pé mas juro, NÃO É! Estão mudando as plantas da praça Santa Rita. Ótimo. Os canteiros de azaléia eram feitos de banheiro, esconderijo de drogas, armas e bandidos. Para melhorar eles estão é fechando mais os canteiros com as plantas para que os antigos usuários se sintam mais a vontade. Agora ninguém vai incomodar quando o cara estiver em seu escritório. Vai ficar muito bom. PRÁ BANDIDO!!!! (quem é mesmo a pessoa responsável pelas praças em Sabará??? Tenho certeza que ele é paisagista.)"

Azaléias, pra que te quero...

Aqui no blog, dá para perceber que muita gente teme a transformação da tal praça de alimentação para atrair turistas em passarela do álcool para bebuns locais.

Leitores já reclamaram nos comentários espalhados aí embaixo da posição (ou falta dela) do Iphan. Como o instituto teria autorizado intervenção dessa natureza bem no meio da rua Dom Pedro II, única via de preservação patrimonial razoável na cidade? A pergunta ainda não quer calar.

E outra acaba de surgir. Os operários da municipalidade trabalham nesta semana na mudança dos canteiros da Santa Rita. Parece que serão implementados jardins mais rasteiros. Entretanto, nos dois últimos canteiros, foi feito um bolo de moitas de azaléias.

Pois bem, aquelas azaléias altas têm servido de guarda-volumes de marginais. Já presenciei várias vezes as moitas "amoitando" droga e mesmo produtos de roubos, como uma luminária da rua Comendador Viana. Os bancos em frente a tais moitas também são os preferidos para o uso livre de substâncias pouco recomendadas pela lei (tanto as que entram pelas bocas, quanto aquelas que preferem ser cheiradas).

Enfim, usa-se muito esse tipo de coisa no Centro e não quero ser pessimista. Mas a rua Amélia Munaier, que em seu entorno oferece diversos estabelecimentos para o exercício da alegria alcoólica, mulheril e sonoplasta desregrados, pois bem, tal via é um corredor onde a lei não põe as mãos.

Mas de volta aos bucólicos canteiros da nossa remexida Santa, a Rita. Ora essa, e então? Azaléias, pra que te quero...

segunda-feira, junho 20, 2005

Uma cidade onde os chafarizes ainda jorram...

Chafariz original

Imagine pintar este magnífico chafariz de Ouro Preto com as cores da administração de lá. Seria um escândalo nacional. Já em Sabará...

Falando em Ouro Preto, já já especial sobre uma verdaderia cidade turística. Com fotos incríveis. Prometo.

sexta-feira, junho 17, 2005

Somos uma cidade que diz Amém

Talvez me cale até segunda. Não, não é o Dops quem bate à minha porta. Ainda não, ora. As razões da ausência são nobres.

Enquanto não volto, porque não vão dar uma voltinha pela galeria de fotos, que tem novidades? (clica ali no box verde, ô meu!) Aproveitem também para opinar nos debates espalhados pelo blog. Fica a pensata aí embaixo a título de degustação para o fim de semana. Ah, e por Alá, vigiem esta cidade, companheiros!

"A única coisa que um passado convulso e abominável (só consigo definir assim uma presença tão ostensiva de elementos como a sede de ouro e a igreja) como aquele herdado pela Sabará daqueles dias poderia fazer pela cidade era ajudar na redenção pelo Turismo. Aí vieram as gerações do final do século 20 e aquele início de 21 e renovaram o fôlego predatório do estupro paroquial.

E a imagem que tínhamos era a do poder público e da sociedade fornicando nas alcôvas e, ainda limpando bocas e mãos, aparecendo em público sorrindo e cagando discursos empolados que incrivelmente eram aceitos para que a paz reinasse no sono de cada um dos sabarenses. Observei à época, antes do colapso: Somos uma cidade que diz Amém."

(da obra "Missa do Ouro Convulso", Vitor Hugo Munaier, Edições Akolá, 2030)

É foda...

O companheiro Lucas Augusto Silva acaba de enviar o texto que V. Exa. lê aí embaixo. Opa!

"É foda saber que o prefeito da sua cidade só sabe falar que não é um político. É foda saber que o trânsito da sua cidade não tem pé nem cabeça. É foda saber que o sistema de transportes da sua cidade é monopolizado. É foda saber que sai ano entre ano e sua cidade só piora. É foda saber que a única coisa que realmente dá dinheiro na cidade é prestar serviços para a prefeitura.

É foda saber que a maioria dos restaurantes da cidade são ruins de serviço. É foda ver sua cidade se transformar numa cinematográfica Cidade de Deus. É foda ver que existe uma casinha verde de 100 mil reais na entrada da cidade que não serve para nada (ou será que serve...).

É foda saber que o pessoal que trabalha com pintura de patrimônio é daltônico e que chega a ponto de pintar um chafariz de verde. É foda ver que as favelas aumentam cada dia mais. É foda saber que os únicos turistas que nos visitam freqüentemente são da ROTAM (há também os peregrinos de Santo Antônio de Roça Grande).

É foda conseguir ler este tanto de “é foda”. É foda ver que quem escreveu isso é um à toa. Pois bem, seria “foda” se vocês utilizassem os comentários para soltarem o verbo e dar continuidade. (Lucas Augusto Silva)"

Perto da meia-noite

Perto da meia-noite

O amigo Adriano Clark acaba de enviar essa imagem aterrorizante da igreja do Carmo. Ele explica: "Foi tirada às 23h, com uma Canon Powershot 3,2". Ah, e sem flash. Belo efeito. Gracias, camarada. Estamos aguardando outras obras suas.

E você, está esperando o que para mandar fotos para sabarando@gmail.com?

quinta-feira, junho 16, 2005

Asfalto: ilusão de idiótica

Falso asfalto

O legado asfáltico dos últimos dez anos é como o da foto: uma camada fina, aplicada perto das urnas, que não dura um mandato.


Falso asfalto

Praticamente todos os bairros "asfaltados" têm a mesma aparência que este buraco no início da rua Mario Machado (Fogo Apagou), Centro. Que aliás precisa de reparo há meses.

Ainda há a esperança de que o atual governo desvie do caminho populista das gestões asfálticas. Mas é preciso que você também se manifeste.


Clique aqui e leia artigo sobre o tema, ô meu!