segunda-feira, setembro 26, 2011

Xeque em cinco jogadas

Olhe bem para as listas desse site: http://filiaweb.tse.gov.br/filiaweb/


Consulte todos os part-idos, seus filiados...


Essas listas, para o sabarense comum, são só amontoado de nomes.


Para quem joga o jogo da política local, é tabuleiro cheio de peças.


Quem entender sua movimentação até o início do mês que vem tem chances de enxergar dez jogadas à frente. E talvez antecipar o xeque-mate.

sábado, setembro 24, 2011

Seis por meia dúzia é novo regime para velho povo

"Mais duas gerações e os chimpanzés chegam ao poder no Brasil. Sem revolução. Pelo voto." - Reinaldo Azevedo, jornalista



A possibilidade de mudança, o novo, um futuro melhor - ideias que seduzem a todos na cidade.


Mas na prática o "Yes, we can!" prova-se mais complicado. Nem nas novelas os salvadores da pátria sustentam-se como heróis em todos os capítulos.


Trocar de governo, dada a infra-estrutura democrática mínima que já temos, é legal, simples, tem data marcada.


Portanto o que me aflige mais não é a mudança dos nomes dos que ocupam o governo municipal hoje. 


Isso é inevitável, natural e necessário.




Seis e meia dúzia: Farinha do mesmo saco


Mais que discutir mudança preocupo-me com o que vem depois da mudança. Atemo-nos demais a troca de regime, enquanto nosso maior desafio é a evolução de mentalidade, o avanço intelectual e cultural do complexo caldeirão reacionário, insosso e sócio-economicamente acomodado que hoje define o sabarense médio.


O alheiamento ao mundo, o atraso, o prostituir-se pela zona de conforto medíocre, a deselegância e a pequenez, a carência de visionários que ofereçam as bases de um sonho novo de cidade, o contentar-se com tantos cafés pequenos... A conhecida vocação para colônia fidelíssima em pleno século vinte e um. 


A cura para esses males não está nas urnas.


A Villa está em chamas, esse vale está envolto em fumaça grossa. Do céu, hoje, só caem cinzas. 






quarta-feira, setembro 21, 2011

Cruzando a linha



‎"Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las."

Nelson Rodrigues

sexta-feira, setembro 16, 2011

Dois tipos de picareta

domingo, setembro 11, 2011

Portabilidade: Você pode

A portabilidade na telefonia é democracia na prática. A Tim cobrava 50 centavos por dia de uso da internet no pré-pago. Alardeou que era excelente por isso. A Claro, agora, cobre a oferta. Com uma cobertura 3G conhecidamente melhor que a da Tim. A portabilidade de governos existe, chama-se democracia. Você já aprendeu a trocar de operadora, agora...

Passo em falso

"Em democracias em desenvolvimento como a da Villa precisa-se chafurdar em farpas e espinhos e fazer a revolução para obter-se migalhas de informação que em outras plagas estão ao alcance do cidadão. O único que perde com isso é o governo, ao aguçar cotidianamente no povo o gosto pela revolução."

Sr. Fuad Faonde in "Falsetes e Sopranos na Valsa da Democracia: Lições Elementares de Dança de Salão Tropicais"

sexta-feira, setembro 09, 2011

Desdobramentos urbanos

Você administra uma cidade de 126.219 habitantes (e não 120.770, como informa o site desatualizado da prefeitura). O crescimento desordenado, principalmente o de subúrbios e periferias, é um problema crônico com desdobramentos cruéis para toda a cidade. Você não quer saber de quem é a culpa, porque nós somos as pessoas que estávamos esperando. Como você enfrenta anos de inchaço populacional sem planejamento, como agiria?

Rumo ao fundo


"Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra."

Nietzsche

terça-feira, setembro 06, 2011

Efeitos colaterais



Para mim, um dos aspectos mais brilhantes dessa emergente democracia sabarense das redes sociais é a exposição de algo antes inacessível para o grande público de forma tão pura.


Pela primeira vez em 300 anos, temos a oportunidade única de conhecermos visões, o discurso, a argumentação e a qualidade do pensamento do poder público municipal.


Ora, os que aqui se manifestam de maneira oficiosa vão revelando aos poucos, sem as usuais mediações que aniquilam o frescor de tais colocações, todo um modus operandi, uma filosofia de poder.


O fato é sim oportunidade única porque, os que estamos do lado de cá, vamos intuitivamente montando nosso quebra cabeça e apurando nossa impressão e opinião sobre quem hoje nos representa.


O não dito, o evitado, o ponto em que a conversa foi abandonada e as entrelinhas são também de uma eloqüência fantástica.

O lado bom

Veja por esse lado. Você que agora teme pelo seu cargo de não concursado na prefeitura já que há chances reais de mudança. Com a realização de concurso, pela sua experiência e por já trabalhar aí, com dedicação e preparo, você tem total condição de conquistar não um emprego, mas uma carreira no serviço público. E carreira pública implica estabilidade, plano salarial, etc. E o principal: em período de eleição, você não se verá obrigado a defender o indefensável.

É esse o fato que está gerando o novo

Talvez a melhor contribuição da polêmica escolha de Argemiro à política sabarense, quando a poeira dos tempos encobrir as controvérsias de hoje, tenha sido a criação, curiosamente de maneira não intencional, do único fato político relevante em Sabará nos últimos anos. Que a História nos diga, mas é esse o fato originador de muitas reflexões sérias, de todas as partes, partidos, de toda a cidade, sobre onde estamos e para onde vamos. É esse o fato que está gerando o novo.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Tentáculos no divã da academia



‎"O Poder do Polvo: Tentáculos, Cooptação e Miscigenação Ideológica no Reinado de Octopus", um dos mais recentes lançamentos da Casa Editorial Faonde, promete lançamento de arromba n'O Porto amanhã. Sem lançamento previsto no Brasil, a obra, em português de Portugal, esmiúça as razões da longevidade do regime da Villa, e promete deleitar o público do Velho Mundo com suas ousadas analogias monárquicas.

sábado, setembro 03, 2011

Cacos opacos

Sabadão de sol aqui na Villa, viva! Os telhados coloniais (os que restam) banhando-se de sol... E os telhados de vidro (que se ampliam) brilham cristalinos, alheios às pedras que lhes miram... Idos os tempos dos bailes das ilhas fiscais, oh!, onde alfinetava-se, espetava-se, mas sin perder a ternura jamais! Na segunda braba, a ressaca... E na rua Direita, que anda torta, centenas de cacos, opacos, guerra de egos, agruras.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Experimentando novos sabores

Suponha que a sua democracia tenha apenas 25 anos, e que seu governo local já exista há 16 desses 25 anos. Ou seja, durante 65% da sua democracia, sabe-se lá por que motivo (e você os tem), você só deu a chance ao mesmo grupo de representá-lo. Ciente disso e de que cidades que alternam seus governantes são naturalmente mais desenvolvidas, o que você faria nas próximas eleições???

quarta-feira, agosto 31, 2011

Penetrações


“Os partidos políticos, aqui na Villa, são como uma enorme igreja de portas abertas – mas sem fiéis (fiéis). E, ora, você sabe quem na igreja entrou porque a porta aberta encontrou, não é mesmo?”

_Sr. Fuad Faonde in Diatribes Politiko-Tropicais 

terça-feira, agosto 30, 2011

O que você vai fazer hoje pela sua democracia?



A sua democracia não é a da França. A sua democracia não é a dos EUA. A sua democracia não é a do Chile.

Você sabe disso melhor que ninguém. Mas não se cansa de dar porrada na sua democracia.

Mas pense...

A sua democracia tem vinte e poucos anos. A sua democracia é jovem. A sua democracia não é Brasília, não é só Belo Horizonte. A sua democracia é Sabará, o seu bairro.


A sua democracia é a sua rua.

O sucesso da sua democracia é diretamente proporcional ao tempo que você dedica a ela. É o seu nível de participação e a sua dedicação que definem a cara, o jeito e as cores da sua democracia. 

O que você vai fazer hoje pela sua democracia?  

sábado, agosto 27, 2011

Centenas se informam através do Sabarando: A revolução não será televisionada...

Um muito obrigado de toda a equipe do Sabarando pelo suporte e crescimento absurdo no número de acessos ao blog.

A revolução não será televisionada...

sexta-feira, agosto 26, 2011

Concessão ao maniqueísmo: Abutres só largam osso se grupo do bem entender suas táticas de rapinagem



De um lado, no Brasil, em Sabará, está você, com vontade que as coisas mudem. Muitos do seu grupo são pessoas preparadas, com capacidade de reconhecer todo o potencial de desenvolvimento da cidade, com visões definidas de como a mudança poderia acontecer.


                     Típica ave de rapina sabarense: Olhar vidrado no passado



Seu grupo é grande, mas ainda anônimo e disperso. É formado por trabalhadores variados, que veem o mundo, a cidade, a partir de experiências e éticas conquistadas e amadurecidas em suas carreiras, pelas quais batalham diariamente. E muitas de suas visões para a cidade foram formadas a partir de experiências dignas de trabalho, em meritocracias.

Mas seu grupo é completamente ignorante e analfabeto quando se trata de como a política local é operada.

Seu grupo desconhece o jogo partidário de proporcionalidade que exije estratégias complexas para a formação de grupos, que formam grupelhos, que amealham votos, que se convertem em cargos por todo o Executivo e Legislativo.

E por isso, seu grupo de brilhantes sabarenses continua idealista e não desaprende nunca a sonhar com uma cidade melhor. Seu grupo é o grupo do bem. Mas que não realiza esse potencial na prática.


"A vocação do político de carreira é fazer de cada solução um problema." - Woody Allen


Do outro lado, perpetuando a cidade que se desagarra do Brasil que avança, estão os políticos profissionais locais. Muitos deles abrem mão de suas idéias do que pode melhorar e evoluir por livre e espontâneo interesse. 

E seguem sem visões claras de projetos de cidade que façam sentido. Sua especialidade é simplesmente obter o maior número possível de cargos públicos, através de eleições e articulações político-eleitorais.


Estratégia que por sua vez os permite criar e sustentar financeiramente as dezenas de grupelhos das mais diversas formas em TODAS as áreas, entidades sem fim algum que não a manutenção perpétua do grupo.  

Por desdenhar a meritocracia, esse grupo naturalmente atrai os que preferem “vencer” na maciota, sem esforço. E eles chegam quase sem bagagem nenhuma, e vão se encostando, bocejando e empurrando a cidade com a barriga peluda.

Se os políticos locais são alheios ou ignorantes a projetos sinceros de cidade, por outro lado, são doutores no jogo político local. Seu projeto é o projeto de poder.


"Como se algum político, com exceção de meia dúzia de três ou quatro, representasse alguém, a não ser a si mesmo, a família e aderentes." - João Ubaldo Ribeiro


Projetos pessoais, executados com maestria estratégica e tática. Agora mesmo, bem antes das eleições, eles já estão operando, construindo e articulando as alianças que o seu grupo não entende. Esse é o grupo do mal. E o grupo do mal vai ganhar as eleições no ano que vem, ocupando toda a administração municipal. E seus sub-grupos irão garantir verbas que você sequer imagina que sua cidade concede para as atividades a que se dedicam...

O desafio, aqui como em todo o Brasil, é você entender que seu grupo não vai fazer omeletes sem quebrar ovos. Enquanto isso, enquanto o jogo político-partidário for jogado só por aves de rapina, a cidade permanece sua presa.

Enquanto vigorar o sistema estapafúrdio de eleições locais proporcionais, o jogo das legendas de aluguel vai se sobrepor sempre às vontades do seu grupo.

Sabará só muda quando o grupo do bem, o seu grupo, entender as regras do sistema político-partidário local. São elas que agora mesmo estão definindo os seus representantes e a cara que a sua cidade tem. A não ser que você esteja esperando o salvador da pátria, por enquanto, esse é o único caminho.


"O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não." - Max Nunes

quinta-feira, agosto 25, 2011

Estado promete verba para recuperar estrada de Sabará (MGT-262)


Cidade está entre as 30 contempladas por investimento de R$ 148,6 milhões anunciado pelo governo de Minas.


Cidadãos e cidadoas esclarecidos dessas cidades já estão fazendo a blindagem psicológica necessária para aguentar o tranco quando, antes mesmos de todos os buracos serem tapados, seus políticos tentarem capitalizar o investimento como mérito de suas gestões influentes, bem-relacionadas e justas, e não de programa estadual.


Até lá, confira o estepe e reze, que as chuvas demoram, mas sempre chegam...


Leia tudo aqui ó:
http://www.iof.mg.gov.br/geral/geral-arquivo/Governo-autoriza-recuperacao-de-524-Km-de-rodovias-no-entorno-de-BH.html

segunda-feira, agosto 22, 2011

quarta-feira, agosto 17, 2011

Lobo em pele de cordeiro

"Sou sabarense, tenho um amigo corrupto."


Em São Paulo, há alguns anos, uma rádio lançou a campanha "Já fui assaltado". Os adesivos rapidamente se espalharam por carros que circulavam em toda a cidade. A simples campanha causou impacto ao, pela primeira vez, dar cara às milhares de pessoas que já tinham sido vítimas da violência na cidade. E mostrou de maneira criativa o quão insuportável e perniciosa era a situação.


Em Sabará, se a campanha do adesivo "Sou sabarense, tenho um amigo corrupto" for lançada, o efeito será o mesmo. Rapidamente os carros que circulam pela cidade e janelas de casas mostrarão o adesivo.


Afinal, em Sabará, nunca se está há menos de 30 metros de um corrupto.


Não, não o corrupto clássico, ou seja, o político populista-paternalista engravatado de Brasília. Mas o corrupto do novo Brasil. O cara que não aceita que quem trabalha no país hoje progride. E insiste em viver na época em que o jeitinho, a vantagem através de padrinhos e a malandragem imperavam. O cara que quer vencer na maciota, sem suor.


Pare e pense nos seus familiares e conhecidos. De todas as idades: dos recém-formados aos iletrados, dos descolados e antenados aos caretas. Das novas e velhas caras. Tem sempre alguém em Sabará muito próximo a você se beneficiando de um empreguinho arranjado na prefeitura sem concurso público. De uma parceria questionável em algum projeto. Alguém levando vantagem na área de transportes, engenharia, arquitetura e até mesmo social de forma dúbia. Alguém cuja empresa se beneficia dos laços pessoais com o grupo que está no poder para lucrar na iniciativa privada. 


E o pior: tudo é aceito como se isso fosse o normal, o desejável até!  É o paternalismo às avessas, sem pressão política, mas por livre e espontânea safadeza.




Você sabe dar nome aos bois e eles não usam gravata




São tantas as histórias do tipo que resolvi parar de contar antes de ficar deprimido. Sou sabarense, tenho um amigo corrupto. E é essa corrupção disfarçada de normalidade, a corrupção cotidiana, e não a corrupção de Brasília, das capas das Vejas, que assusta tanto quanto ou mais que a corrupção clássica. E precisa ser combatida. O Brasil do sabarense não é em Brasília, é aqui. E a corrupção do seu amigo arrebenta mais com o seu Brasil do que os alvos fáceis de Brasília.

quinta-feira, julho 21, 2011

Saco de Sabarense prestes a estourar

Este senhor sabarense há 16 anos segue firme na fila para ser atendido na Santa Casa. Nenhum funcionário se habilitou a dar-lhe a notícia do iminente fechamento do hospital...  

sexta-feira, julho 15, 2011

De quem é a culpa? Dos anônimos sabarenses



O anônimo sabarense é o vilão.

Ele me frustra mais do que a política deselegante e atrasada da cidade.

Ele me decepciona mais do que as figuras públicas que gosta de criticar escondido.

O sabarense anônimo é o palhaço que bota fogo no circo, corre e regojiza-se vendo a casa cair de camarote.

O sabarense anônimo eterniza a frase de Wilson Trópia: "A crise é de caráter". 

Hoje o Sabarando deletou o sabarense anônimo de alguns comentários recentes. Mas minha vontade mesmo era de deletar o sabarense anônimo de Sabará.

O Brasil é como a Itália: Ainda vota em Odorico

Da série perguntas que querem calar: Quanto custarão aos cofres de Sucupira as comemorações da cidade aniversariante?

segunda-feira, julho 11, 2011

NÃO precisamos de mais vereadores: O exemplo de Jaraguá do Sul inspira o Brasil



"Não precisamos de mais vereadores." O grito de indignação dos habitantes de Jaraguá do Sul não foi ouvido só pela Câmara Municipal da antenada cidade catarinense de 143 mil habitantes.

A inédita campanha de outdoors foi organizada por diversas associações comunitárias da cidade e ecoou no Brasil inteiro como prova de que a boa e velha união faz a força.

E agora serve de inspiração para diversas outras cidades que sabem que o aumento do número de vereadores não vai significar melhoria da fiscalização do Executivo, mas sim o aumento de despesas com o Legislativo. 

Os outdoors estão rodando o país via e-mails e trazem mensagens como: “Faltam médicos, medicamentos, creches e leitos hospitalares. Não precisamos de mais vereadores”. Em outro está exposto: “Salário mínimo: R$ 545,00, Professor: R$ 609,46, Vereador: R$ 7.316,00. Não precisamos de mais vereadores."


A pressão funcionou. E a Câmara de Jaraguá do Sul finalmente desistiu do aumento em sessão na última terça-feira. Oito votaram contra o aumento, só três votaram a favor. Antes da campanha, a maioria era favorável ao aumento para entre 15 e 19 vereadores.

Em Sabará a situação não poderia ser mais distante da cidade catarinense. Apesar de a classe política sabarense já comemorar abertamente a facilidade que o aumento de vereadores aqui trará para os candidatos no ano que vem, os sabarenses preferem gozar o sono profundo de cidade dormitório e não se manifestam sobre a polêmica.

Afinal, a Câmara de Sabará também poderá elevar o número de vereadores dos 11 atuais para algo entre 15 e 19. Para isso acontecer, basta que a própria Câmara aprove a mudança até outubro.

Os pretensos candidatos a vereador do ano que vem, junto de seus presidentes de partidos, são obviamente favoráveis a um legislativo municipal gordo. A maioria já discute e analisa à luz da matemática eleitoreira a troca de partidos na tentativa de candidatarem-se por legendas e coligações que exijam o mínimo possível de votos.


"Algumas pessoas mudam de partido em defesa de seus princípios. Outras mudam de princípios em defesa de seu partido." Churchill


Sonham eleger-se com 600 votos numa época em que graças a contraditórias campanhas recentes, devido a práticas questionáveis, inflacionou-se o número mínimo de maneira exponencialmente maior que o crescimento do eleitorado local. 

A cidade sem ideais ou ideologia, curiosamente, segue firme com seus mais de 20 "partidos", que na realidade são só amontoado sem sentido de dezenas de letras "P", servindo apenas de legendas de aluguel que trocam de mãos a cada eleição sabarense.

Hoje há apenas uma reunião semanal e são raros os vereadores que cumprem expediente em seus gabinetes para além do par de horas das terças-feiras. A parca pauta de projetos não aumentou em volume nem sofisticação, não demandando portanto maior número de legisladores.

Mas dada a tradicional apatia do sabarense, as chances são de que o aumento, aqui, passa fácil numa reunião ordinária, monótona e sem brilho.


P.S.: A ampliação do número de vereadores é fruto da Emenda Constitucional nº 58, aprovada pela Câmara dos Deputados em 23 de setembro de 2009, que redistribui a quantidade de vagas nas Câmaras de acordo com a população. Como Sabará fechou o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com 126.219 habitantes, o Legislativo local passou a se enquadrar no limite de 19 vereadores, previstos para os municípios entre 120 mil e 160 mil habitantes.

segunda-feira, julho 04, 2011

Quando os três sábios erram, ruge o leão



















"(...) Ora, jamais questionou-se que toda e qualquer arte é a expressão de animais políticos.


Mas como na fauna, há uns poucos leões rugindo vorazes pela liberdade nas matas.



Enquanto a massa de dóceis chimpanzés segue domesticada nos zoológicos tropicais para o gozo de sombra e água fresca alienados."


op. cit. Fuad Faonde in Political Sketches from the Jungle IV, 1838
_Also appeared in "Merreka: The Sad Story of Brazilian Puxa-Saquismo"

Troca-troca

"Algumas pessoas mudam de partido em defesa de seus princípios. Outras mudam de princípios em defesa de seu partido." - WC

quinta-feira, junho 30, 2011

De Bois e Boiadas: Em porteira fechada não entra mosquito (mas o odor do pasto, esse passa até por gretas)

Acabamos de tropeçar (ou seria trupicar?) num texto de anteontem que concorre ao prêmio "Velho Esquema Novo", lá no blog Tecendo Prosa, do companheiro Lucas.

Aqui no Sabarando, 95% dos editores acreditam que sim, ainda vale quanto pesa. Só discorda deles o editor chefe (5%), que é um aporrinhador que gosta de ser minoria e provoca: "A vida pode ser de gado, mas mesmo sendo marcado, o povo é feliz, e, ora, nem sente a ferrugem lhe comer!".


De quaisquer modos, sentimo-nos felizes, tranqüilhos até, republicando sem pedir licença o arroubo de lúcidez do AP Silva de então. Mesmo porque o mesmo, por motivos pecuários, pode desaparecer desta minúscula e frágil blogsphera da Villa:

"segunda-feira, 27 de julho de 2009


Festival de Sabará: mais do mesmo.

Depois de alguns dias de festa, mais um Festival de Sabará chega ao final e, infelizmente, o “pessoal que toca a boiada” ainda parece não ter entendido bem o que é um festival cultural. Com uma programação vazia e concluída nos acréscimos do segundo tempo, o festival deixou muito a desejar. Diga-se de passagem que algumas melhoras ocorreram, como a extensão dos dias de barraquinhas, a segurança e a parceria para a realização do escambo. Porém, num balanço geral, o saldo fica no vermelho.

As expressões artísticas e culturais mais uma vez ficaram restritras aos shows, a uma meia dúzia de apresentações no teatro e intervenções em alguns bairros. As peças teatrais podem ser contadas numa única mão, o que é muito pouco para uma cidade que tem logo ao seu lado uma capital com dezenas de cia de teatro doida para se apresentarem. O mesmo serve para as oficinas oferecidas, além de serem poucas, elas deram a impressão de terem sido colocadas somente para completar a programação.

Tirando o domingo do encontro de bandas, durante o período da manhã e da tarde não havia nenhuma atividade interessante na cidade. E, como se não bastasse, os shows sempre eram mais do mesmo. Não entendo o porque de não oferecerem para a população outras opções musicais. Orquestra e MPB não carecem de serem apresentadas exclusivamente em teatro. E mais, porque não um samba de raiz, uma moda de viola e música negra?

Mostras de cinema, exposições artísticas, dança e ciclo de debates? Será que não caberia ao menos uma destas num festival de cultura de uma cidade histórica como Sabará?... E, como pouco se crê que o “pessoal que toca a boiada” leia algo, literatura no festival é coisa de outro mundo - pensando bem é exigir demais, devem achar piada literatura ser cultura. :)



Ah, e para a turma do “tá td mto bom, tá td mto bem, obrigado!”, isto não é pedir demais. É querer aproximar Sabará pelo menos um pouco da realidade das demais cidades históricas - só para dar aquele aperto no peito, experimentem conhecer o site dos festivais em Ouro Preto, Mariana e Diamantina, e vejam onde as coisas são levadas a sério. Nem se dicute, mas passou da hora de trocar o nome secretaria de cultura para secretaria de eventos amadores.

Bom, enquanto isto vamos contando com a “boa vontade” da natura né. Afinal, quinta (31/07) tem UAKTI no teatro.

quarta-feira, junho 29, 2011

"VOCÊ tem um dever a cumprir!" inspira "Marcha Sabará 2.0 - 100 Mil pelo Futuro!"

"PRESS - RELEASE / DIVULGAÇÃO IMEDIATA (Versão 348.Mídias Alternativas e Lideranças)

O lendário cartaz vai servir de inspiração para a "Marcha Sabará 2.0 - 100 Mil pelo Futuro!". A imagética e textos fortes serão a base para a criação da identidade visual do movimento que vai tomar as ruas de Sabará e vai mandar uma mensagem clara de mudança que, pela sua força e lucidez, vão ressoar em todo o país, esperam os organizadores.

Idealizada por atores sócio-políticos do município contrários a política-partidária nociva local, a "Marcha Sabará 2.0 - 100 Mil pelo Futuro" inspira-se nas multidões que têm tomado as avenidas brasileiras recentemente escancarando temas que não podem mais ser deixados de lado numa democracia madura.

"Vamos estabelecer de uma vez por todas que uma nova política, uma política de espírito público, não político-partidário, é necessária de modo urgente em Sabará", adianta um dos articuladores da marcha, preferindo identificar-se apenas como FF. "A profunda diferença de ideias novas, novos atores, causará impacto real e irreversível nas dinâmicas públicas da cidade."

Em estágio de organização estratégica, a "Marcha Sabará 2.0 - 100 Mil pelo Futuro!" vai ser um chamado para que todos os cidadãos sabarenses façam uma consulta profunda às suas consciências. Pela meta audaciosa de reunir uma multidão de 100 mil pessoas que irá caminhar do Trevo da cidade até a Igreja da Matriz, no Centro Histórico, o movimento tem pela frente enorme desafio logístico, mas promete anunciar a data do evento para a imprensa nacional em breve.

No entanto, voluntários de todas as regiões - urbanas e rurais - do município estão sendo contactados e a organização da histórica marcha adianta que a adesão tem sido espetacular.

"Ao mostrarmos aos milhares de sabarenses alheios à política que o futuro chegou e não há mais tolerância à políticas feudais e arcaicas, junto das ideias novas de lideranças igualmente novas, estamos confiantes de que despertaremos a população para uma nova era de avanço em Sabará", assegurou FF.

©PRFactory / 348.MA&L"

terça-feira, junho 28, 2011

"Banquete da Velha Safada" comemora descaradamente 300 anos de atraso da Villa



“Status quo, na Villa, é e sempre será status!” Com essa intrigante frase impressa no exterior do envelope elegante o Sabarando recebeu hoje seu primeiro convite para as celebrações julianas da cidade.



Organizado pela ONG FDP, o “Banquete da Velha Safada – Sabará 300 Anos” vem gozando de divulgação intensa, mas na opinião do blog terá participação limitadíssima (até mesmo os convites são numerados, ora!).



Afinal, ao contrario do que pensam os FDPs, a janela está aberta. Segue abaixo fac-símile do pomposo convite recebido pelo blog como torresmo para os (muitos, esperamos) que ficarão de fora.



“CONVITE nº 69 – “Banquete da Velha Safada - Sabará 300 Anos”

É com regojizo que convidamos V. Sra. a juntar-se a nós da ONG FDP (Fantasmas do Passado) no “Banquete da Velha Safada - Sabará 300 Anos”, ocasião na qual celebramos com foguetório e cuscuz a continuidade da mesmice na Villa, força esta que nos mantêm vivos, fuertes e, ora, atualíssimos.

A comilança em estilo barroco-vulgar acontece no Cravo Vermelho aos 17 de Julho de 2011, uma sexta-feira 13. V. Sra. (e madame), obviamente trajando o esporte fino das traças, irão degugustar, dentre outras iguarias (como não poderia deixar de ser), Empadinhas Frias de Mais do Mesmo, Escondidinho de Opinião, Suflê de Apatia, Torta Vadia e Bobó de Povo, a serem servidos em buffet de tradicionalíssima prataria portuguesa importada do Burokratistão lá atrás, na época em que descobria-se, e não apenas encobriasse, ouro.





Na ocasião realizar-se-a rodada de aplausos infinitos aos Lumiares do continuismo, estes cidadãos e cidadoas que à boca pequena alimentam-nos diariamente e renovam nosso reinado, nós vorazes fantasmas do passado.
(N.B.: Devido a extensão da lista de Lumiares do continuismo, pede-se a gentileza de inscrever-se com antecedência se V. Sra. deseja receber também salva de aplaplausos infinitos mas não é membro da aristocracia – N.B. 2: Bezerros sedentos, diretorias e membros de associações lucrativas sem fins lucrativos, ONGs, capitães do mato, bicheiros, bandas (de rock dos anos 80, pagode e sertanejo) e pais de santo já estão naturalmente inclusos).

Somos eternamente (!) gratos às suas atuações e puritanismo nos campos politico, social e naturalmente sobrenatural, nos quais, ao refutarem veementemente a contaminação herética pelo novo, valendo-se das clássicas mumunhas barrocas e pagode, mantêm-nos vivos, nós reacionários, mofados fantasmas do passado.


Oh, que trabalho nos deu no passado o rame rame da decapitação de cabeças hereges. Hoje já não há mais hereges na Villa e ao espetacular feito será também erguido pomposo brinde! V. Sra e associados fazem trabalho exemplar amealhando a gente de hoje em torno de unanimidades dóceis, silentes e zelosas (quem diria sua velha safada, olha o Amém, nós tolos 2.0 aí ó!).

É preciso clarificar que nós fantasmas do passado somos ecléticos e sabemos que na Villa gente jovem quase nunca representa o novo e não é alérgica ao mofo e avançada putrefação de nosso ideário, nós, aristocratas fantasmas do passado. Portanto, V. Sra. ceiará junto de reaças de todas as idades, os quais juntar-se-ão a nós em brindes a falta de brio, de opinião e inovação.

Nessa gloriosa noite os Fantasmas do Passado aproveitam o ensejo (!) e lançam (com capa duríssima folhada a ouro) o manifesto “Opa! Que Venham Mais 300!”, no qual se faz apologia descarada da manutenção do determinismo cultural e da mesmice polítitica. O documento também clarifica de uma vez por todas que nós da ONG FDP opomo-nos veementemente a qualquer tentativa de exumar a lendária cabeça de burro enterrada debaixo da piscina infantil da Praça de Esportes (independente de pretensa exumação dar-se com finalidade sócio-política, afro-religiosa ou mesmo arqueológica).

P.S.: R.S.V.P.”

MAIS DO MESMO (Revisited)

De cara chata na parede,
Olha lá, é, é mesmo ele!

De posse de todos os canais,
fez, que fez, e olhaí!

Já é, para os anais

mais
um...
(publicado antes das eleições municipais de 2008 em homenagem a um ex-amigo que acabou não se elegendo, republicado agora dedicado a outro amigo que planeja aventurar-se pelas águas turvas da política municipal, mas a bordo de canoa mais furada que a vendida a Sir Richard Burton pelos avós dos embusteiros de hoje nesta mesma Villa).