segunda-feira, setembro 26, 2011

Xeque em cinco jogadas

Olhe bem para as listas desse site: http://filiaweb.tse.gov.br/filiaweb/


Consulte todos os part-idos, seus filiados...


Essas listas, para o sabarense comum, são só amontoado de nomes.


Para quem joga o jogo da política local, é tabuleiro cheio de peças.


Quem entender sua movimentação até o início do mês que vem tem chances de enxergar dez jogadas à frente. E talvez antecipar o xeque-mate.

sábado, setembro 24, 2011

Seis por meia dúzia é novo regime para velho povo

"Mais duas gerações e os chimpanzés chegam ao poder no Brasil. Sem revolução. Pelo voto." - Reinaldo Azevedo, jornalista



A possibilidade de mudança, o novo, um futuro melhor - ideias que seduzem a todos na cidade.


Mas na prática o "Yes, we can!" prova-se mais complicado. Nem nas novelas os salvadores da pátria sustentam-se como heróis em todos os capítulos.


Trocar de governo, dada a infra-estrutura democrática mínima que já temos, é legal, simples, tem data marcada.


Portanto o que me aflige mais não é a mudança dos nomes dos que ocupam o governo municipal hoje. 


Isso é inevitável, natural e necessário.




Seis e meia dúzia: Farinha do mesmo saco


Mais que discutir mudança preocupo-me com o que vem depois da mudança. Atemo-nos demais a troca de regime, enquanto nosso maior desafio é a evolução de mentalidade, o avanço intelectual e cultural do complexo caldeirão reacionário, insosso e sócio-economicamente acomodado que hoje define o sabarense médio.


O alheiamento ao mundo, o atraso, o prostituir-se pela zona de conforto medíocre, a deselegância e a pequenez, a carência de visionários que ofereçam as bases de um sonho novo de cidade, o contentar-se com tantos cafés pequenos... A conhecida vocação para colônia fidelíssima em pleno século vinte e um. 


A cura para esses males não está nas urnas.


A Villa está em chamas, esse vale está envolto em fumaça grossa. Do céu, hoje, só caem cinzas. 






quarta-feira, setembro 21, 2011

Cruzando a linha



‎"Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las."

Nelson Rodrigues

sexta-feira, setembro 16, 2011

Dois tipos de picareta

domingo, setembro 11, 2011

Portabilidade: Você pode

A portabilidade na telefonia é democracia na prática. A Tim cobrava 50 centavos por dia de uso da internet no pré-pago. Alardeou que era excelente por isso. A Claro, agora, cobre a oferta. Com uma cobertura 3G conhecidamente melhor que a da Tim. A portabilidade de governos existe, chama-se democracia. Você já aprendeu a trocar de operadora, agora...

Passo em falso

"Em democracias em desenvolvimento como a da Villa precisa-se chafurdar em farpas e espinhos e fazer a revolução para obter-se migalhas de informação que em outras plagas estão ao alcance do cidadão. O único que perde com isso é o governo, ao aguçar cotidianamente no povo o gosto pela revolução."

Sr. Fuad Faonde in "Falsetes e Sopranos na Valsa da Democracia: Lições Elementares de Dança de Salão Tropicais"

sexta-feira, setembro 09, 2011

Desdobramentos urbanos

Você administra uma cidade de 126.219 habitantes (e não 120.770, como informa o site desatualizado da prefeitura). O crescimento desordenado, principalmente o de subúrbios e periferias, é um problema crônico com desdobramentos cruéis para toda a cidade. Você não quer saber de quem é a culpa, porque nós somos as pessoas que estávamos esperando. Como você enfrenta anos de inchaço populacional sem planejamento, como agiria?

Rumo ao fundo


"Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra."

Nietzsche

terça-feira, setembro 06, 2011

Efeitos colaterais



Para mim, um dos aspectos mais brilhantes dessa emergente democracia sabarense das redes sociais é a exposição de algo antes inacessível para o grande público de forma tão pura.


Pela primeira vez em 300 anos, temos a oportunidade única de conhecermos visões, o discurso, a argumentação e a qualidade do pensamento do poder público municipal.


Ora, os que aqui se manifestam de maneira oficiosa vão revelando aos poucos, sem as usuais mediações que aniquilam o frescor de tais colocações, todo um modus operandi, uma filosofia de poder.


O fato é sim oportunidade única porque, os que estamos do lado de cá, vamos intuitivamente montando nosso quebra cabeça e apurando nossa impressão e opinião sobre quem hoje nos representa.


O não dito, o evitado, o ponto em que a conversa foi abandonada e as entrelinhas são também de uma eloqüência fantástica.

O lado bom

Veja por esse lado. Você que agora teme pelo seu cargo de não concursado na prefeitura já que há chances reais de mudança. Com a realização de concurso, pela sua experiência e por já trabalhar aí, com dedicação e preparo, você tem total condição de conquistar não um emprego, mas uma carreira no serviço público. E carreira pública implica estabilidade, plano salarial, etc. E o principal: em período de eleição, você não se verá obrigado a defender o indefensável.

É esse o fato que está gerando o novo

Talvez a melhor contribuição da polêmica escolha de Argemiro à política sabarense, quando a poeira dos tempos encobrir as controvérsias de hoje, tenha sido a criação, curiosamente de maneira não intencional, do único fato político relevante em Sabará nos últimos anos. Que a História nos diga, mas é esse o fato originador de muitas reflexões sérias, de todas as partes, partidos, de toda a cidade, sobre onde estamos e para onde vamos. É esse o fato que está gerando o novo.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Tentáculos no divã da academia



‎"O Poder do Polvo: Tentáculos, Cooptação e Miscigenação Ideológica no Reinado de Octopus", um dos mais recentes lançamentos da Casa Editorial Faonde, promete lançamento de arromba n'O Porto amanhã. Sem lançamento previsto no Brasil, a obra, em português de Portugal, esmiúça as razões da longevidade do regime da Villa, e promete deleitar o público do Velho Mundo com suas ousadas analogias monárquicas.

sábado, setembro 03, 2011

Cacos opacos

Sabadão de sol aqui na Villa, viva! Os telhados coloniais (os que restam) banhando-se de sol... E os telhados de vidro (que se ampliam) brilham cristalinos, alheios às pedras que lhes miram... Idos os tempos dos bailes das ilhas fiscais, oh!, onde alfinetava-se, espetava-se, mas sin perder a ternura jamais! Na segunda braba, a ressaca... E na rua Direita, que anda torta, centenas de cacos, opacos, guerra de egos, agruras.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Experimentando novos sabores

Suponha que a sua democracia tenha apenas 25 anos, e que seu governo local já exista há 16 desses 25 anos. Ou seja, durante 65% da sua democracia, sabe-se lá por que motivo (e você os tem), você só deu a chance ao mesmo grupo de representá-lo. Ciente disso e de que cidades que alternam seus governantes são naturalmente mais desenvolvidas, o que você faria nas próximas eleições???