quarta-feira, fevereiro 13, 2008

As time goes by...

Ah, infrutífero exercício do "e se..."

Se é incapaz de emendar erros que agora parecem simples estupidez, pelo menos mata o tempo.

Naquela histórica (História é algo que não aconteceu contado por alguém que não estava lá, Millôr) cãovenção do portentoso (opa!) PMDB da Villa de então (1996) que iria decidir o nome do próximo candidato a prefeito...

E se o Doutor então prefeito e todo-popôderoso tivesse adivinhado no que daria e indicado Sérgio...

Os humores da cidade teriam pastado em outras paragens, quiçá desertas de cabritas...

E a última década teria sido mais verde, não só dada a patente predileção do atual prefeito pela cor, mas antes por sua declarada falta de vocação para se entregar aos popopulismos terríveis que dilaceraram a cidade...

Se em meados dos 90 nos apresentaram o populismo manufaturado tal qual tijolo caseiro, o outro, na sequência, o industrializou, elevando-o a níveis insuportáveis de cretinismo falsamente abençoado.

E se... Ora, e bolas.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Irmã do prefeito gari no Piauí???

Direto do site da Amarribo: "Em Campo Maior, no Piauí, acontece de tudo: irmã do prefeito (que também é empresária) recebendo como gari, delegado de polícia recebendo como vigilante, policial civil (que também é engenheiro civil) recebendo como pedreiro, e por aí vai. Já foram feitas várias denúncias e representações para os órgãos públicos encarregados da fiscalização, mas o desmantelo continua." Clica aqui para ler tudo.

Contos da Carochinha Revisited

Era uma vez, numa Villa que só existia dentro de um boato dentro de um vale-refeição, um homem que ouviu um boato.

Contaram-lhe-lhe que que: Ali (ora, lá), para ser dono de um pedaço de chão, torrão, bastava levar o título de eleitor ao senhor da Villa que, usando de todo seu cu-nhecimento, magia negra, influência, macumba, mandinga (e uma pitadinha de maledicência), iria, ora Deus nos ajude, sacar dos números do tal título um lolote.

E, opa, jagunço, montado em seu Odoríco (o homem que ouviu um boato tinha uma CG Tititantan que decidira chamar de Odoríco), partiu para lá.

E para sua surpresa, o homem que ouviu um boato, ao sacar o titítulo frente aos olhos do senhor da Villa, viu acontecer ali uma tal magia sem igual. Três profusões de palavrórios, Deus nos ajude, nos acude, nos guia e guie e, nossa senhora dos terrenos e remendos, nos fundos dos cafundós e dó dós, ele ia mas ia sim sinhô arrumar um jeito, um jeitinho.

E titítulo anotado no caderninho negro do senhor, foi providenciado um café fervido em meia no gabinenête enquanto se esperava o esperado anunciado.

Ora, enquanto isso o senhor era só simpatia seu pai e suas tia, tudo bem muito bem bem bem, esse ano Deus vai e vamos juntos e nossa senhora sô sô sá sá. E quando o homem que ouviu um boato ia pegando seu boné (mas eu só ponho meu boné onde eu possa apanhar...), o senhor da Villa nototou a irritação do homem e deu a ordem via MSN no seu nonotebook: "Esse lolote sá-sai ou não sai??? P.s.: Anda senão o homem que ouviu um boato monta no Odoríco e olha a eleição aí kct pqp!!!".

Ora e veja bem. Num estalo o lolote apareceu e o homem que ouviu um boato mal se aguentava. E chorava e chilreava, fazendo a dança da chuva no gagabinete do senhor. Eita!

Moral da história: O homem que ouviu um boato, agora loloteado, vendeu Odoríco e mudou-se para Sabará. O senhor da Villa que só existia dentro de um boato dentro de um vale-refeição, como bom personagem de contos carachotescos, assombra o pobre-coitado em noite de lua, em cima de uma urna-sem-cabeça.

From: Contos Carachotescos Revisited - Anta-logia de Mula-Sem-Cabeça

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

2 por 1

Hoje tem de tudo na praça.

Agora mesmo um paraplégico evangélico de gravata, sentado em sua cadeira de rodas, está parado ao lado de um corsa vendendo CD's de música sertanejosa (sertaneja + religiosa).

O pior é que um visitante desavisado pediu para tirar fotos ao lado do moço, pensando se tratar de gozação de Carnaval...

Hoje tem de tudo na praça, e amanhã tem mais ainda. Opa!

Retornar

Do barroco
ao barraco

que barato!

Sem mapa
eira ou beira

o cavaco

E chora o cara
que lembra

de ter visto ali,
bem ali, Ó!

Um poema.