segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Contos da Carochinha Revisited

Era uma vez, numa Villa que só existia dentro de um boato dentro de um vale-refeição, um homem que ouviu um boato.

Contaram-lhe-lhe que que: Ali (ora, lá), para ser dono de um pedaço de chão, torrão, bastava levar o título de eleitor ao senhor da Villa que, usando de todo seu cu-nhecimento, magia negra, influência, macumba, mandinga (e uma pitadinha de maledicência), iria, ora Deus nos ajude, sacar dos números do tal título um lolote.

E, opa, jagunço, montado em seu Odoríco (o homem que ouviu um boato tinha uma CG Tititantan que decidira chamar de Odoríco), partiu para lá.

E para sua surpresa, o homem que ouviu um boato, ao sacar o titítulo frente aos olhos do senhor da Villa, viu acontecer ali uma tal magia sem igual. Três profusões de palavrórios, Deus nos ajude, nos acude, nos guia e guie e, nossa senhora dos terrenos e remendos, nos fundos dos cafundós e dó dós, ele ia mas ia sim sinhô arrumar um jeito, um jeitinho.

E titítulo anotado no caderninho negro do senhor, foi providenciado um café fervido em meia no gabinenête enquanto se esperava o esperado anunciado.

Ora, enquanto isso o senhor era só simpatia seu pai e suas tia, tudo bem muito bem bem bem, esse ano Deus vai e vamos juntos e nossa senhora sô sô sá sá. E quando o homem que ouviu um boato ia pegando seu boné (mas eu só ponho meu boné onde eu possa apanhar...), o senhor da Villa nototou a irritação do homem e deu a ordem via MSN no seu nonotebook: "Esse lolote sá-sai ou não sai??? P.s.: Anda senão o homem que ouviu um boato monta no Odoríco e olha a eleição aí kct pqp!!!".

Ora e veja bem. Num estalo o lolote apareceu e o homem que ouviu um boato mal se aguentava. E chorava e chilreava, fazendo a dança da chuva no gagabinete do senhor. Eita!

Moral da história: O homem que ouviu um boato, agora loloteado, vendeu Odoríco e mudou-se para Sabará. O senhor da Villa que só existia dentro de um boato dentro de um vale-refeição, como bom personagem de contos carachotescos, assombra o pobre-coitado em noite de lua, em cima de uma urna-sem-cabeça.

From: Contos Carachotescos Revisited - Anta-logia de Mula-Sem-Cabeça

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