sábado, setembro 24, 2011

Seis por meia dúzia é novo regime para velho povo

"Mais duas gerações e os chimpanzés chegam ao poder no Brasil. Sem revolução. Pelo voto." - Reinaldo Azevedo, jornalista



A possibilidade de mudança, o novo, um futuro melhor - ideias que seduzem a todos na cidade.


Mas na prática o "Yes, we can!" prova-se mais complicado. Nem nas novelas os salvadores da pátria sustentam-se como heróis em todos os capítulos.


Trocar de governo, dada a infra-estrutura democrática mínima que já temos, é legal, simples, tem data marcada.


Portanto o que me aflige mais não é a mudança dos nomes dos que ocupam o governo municipal hoje. 


Isso é inevitável, natural e necessário.




Seis e meia dúzia: Farinha do mesmo saco


Mais que discutir mudança preocupo-me com o que vem depois da mudança. Atemo-nos demais a troca de regime, enquanto nosso maior desafio é a evolução de mentalidade, o avanço intelectual e cultural do complexo caldeirão reacionário, insosso e sócio-economicamente acomodado que hoje define o sabarense médio.


O alheiamento ao mundo, o atraso, o prostituir-se pela zona de conforto medíocre, a deselegância e a pequenez, a carência de visionários que ofereçam as bases de um sonho novo de cidade, o contentar-se com tantos cafés pequenos... A conhecida vocação para colônia fidelíssima em pleno século vinte e um. 


A cura para esses males não está nas urnas.


A Villa está em chamas, esse vale está envolto em fumaça grossa. Do céu, hoje, só caem cinzas. 






Um comentário:

ImManuel disse...

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." Ruy Barbosa